O secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Vieira, esteve em Malta, onde defendeu que a Reforma da PAC, pós 2020, “não deve introduzir incerteza”, particularmente no apoio ao investimento no regadio sustentável”.
O governante fez estas declarações durante o Conselho Informal de Ministros da Agricultura, que teve lugar em La Valleta, Malta, dedicado ao tema “Alterações Climáticas e Recursos Hídricos na UE: Desafios Emergentes para a Agricultura”.
Luís Medeiros Vieira alertou para os efeitos das alterações climáticas na actividade agrícola e na segurança alimentar (reservas de alimentos), afirmando que “a evolução da PAC – Política Agrícola Comum, não deve introduzir incerteza para o sector produtivo, particularmente no apoio ao investimento no regadio sustentável, pois só com uma estratégia de médio-longo prazo se poderá assegurar um quadro de atractividade para o investimento no sector agro-alimentar”.
Articulação de políticas
Em representação de Portugal, o secretário de Estado da Agricultura e Alimentação sublinhou que a natureza transversal das temáticas água e clima conduz à necessidade de uma articulação eficaz das políticas europeias de ambiente, clima e agricultura, orientadas para quatro objectivos: desenvolvimento de metodologias e cenários de antecipação da evolução climática acessíveis para o sector produtivo; aprofundamento da estruturação do conhecimento, particularmente em boas práticas agrícolas; disseminação do conhecimento e da inovação ao nível da utilização de novas tecnologias, nomeadamente a agricultura de precisão; e apoio a investimento dirigido para a gestão eficiente, no quadro da economia circular.
“A modernização da PAC deve responder a estes desafios e contribuir para garantir um sector vivo e dinâmico, capaz de suscitar interesse por parte de jovens e novos agricultores e desenvolver a resiliência dos sistemas agrícolas”, defendeu o secretário de Estado da Agricultura, acrescentando que “neste contexto, é essencial que se actue preventivamente para mitigar os fenómenos extremos, como é o caso das inundações e da seca, em que o apoio às infraestruturas de prevenção, incluindo o regadio, é determinante”.
Agricultura e Mar Actual