O director Regional do Desenvolvimento Rural afirmou que a realização da reunião da Assembleia das Regiões Vitícolas da Europa (AREV) nos Açores, em Maio, é uma oportunidade para promover o vinho açoriano e, por outro lado, um reconhecimento pelo trabalho que tem sido feito no desenvolvimento da vitivinicultura.
“É igualmente uma oportunidade para dar visibilidade a todo o trabalho que tem sido feito na Região ao nível da recuperação de vinhas abandonadas e o progresso que nesta área é alcançado todos os dias e que se traduz numa produção vitivinícola de excelente qualidade”, frisou Valter Braga, nas comemorações do 11.º aniversário da Adega A Buraca, na ilha do Pico.
A reunião da Assembleia das Regiões Vitícolas da Europa envolverá mais de uma centena participantes de vários países.
A AREV é uma associação representativa do sector vitivinícola, que conta com 75 regiões associadas, sendo os Açores sócios efectivos há cerca de 20 anos.
“Mudança estrutural profunda” no sector
O director Regional do Desenvolvimento Rural salientou que está em curso no arquipélago uma “mudança estrutural profunda” no sector da vitivinicultura, com resultados muito visíveis nos últimos cinco anos.
Além do aumento do número de produtores, da produtividade e valorização das uvas, Valter Braga disse que se registou um aumento dos hectares de vinhas certificada em produção, que passaram de mais pouco mais de 200 hectares para cerca de 1.000.
“Este crescimento, efectuado de uma forma exponencial, com impactos muito significativos na sociedade açoriana, no ambiente e na paisagem, deve-se, em larga medida, aos apoios concedidos ao abrigo do programa VITIS. Estão em causa, desde 2014, um total de cerca de 21 milhões de euros, que permitiram reconverter e preservar quase 800 hectares de vinha”, salientou Valter Braga.
Agricultura e Mar Actual