A Xylella fastidiosa, a praga dos olivais, foi encontrada em Espanha. Este é o quarto país da União Europeia (UE) onde foi apurada, até agora, a presença da bactéria. E o quinto poderá ser a Grécia, de acordo com relatórios que circulam em Bruxelas.
A bactéria Xylella fastidiosa já matou milhares de oliveiras na região italiana de Apúlia, desde 2013. A bactéria também ataca vinhas e citrinos.
A Unión de Uniones de Agricultores y Ganaderos, de Espanha, deu voz de alarme ao mostrar a sua preocupação após a detecção do primeiro caso de Xylella fastidiosa em território espanhol, na ilha de Mallorca, na passada quinta-feira, 10 de Novembro. Ainda que a doença tenha sido detectada em cerejeiras, a notícia deixou os produtores de olival espanhóis em alerta, uma vez que a sua propagação às oliveiras é possível e pode causar estragos irreversíveis.
O serviço de Saúde Vegetal das Balneares confirmou a existência da bactéria num viveiro de plantas de Porto Cristo, município de Manacor, em Maiorca. Em 6 de Outubro foi detectado um resultado positivo em amostras de três cerejeiras do viveiro, que tinham sido enviadas a partir de Tarragona após uma inspecção de rotina.
Eurodeputada italiana pede combate conjunto
A Comissão Europeia não pode “continuar a fechar os olhos à evidência: a Xylella é endémica e como tal deve ser tratada. Há que parar com medidas de emergência, nocivas e inúteis”, diz a eurodeputada italiana e porta-voz do Movimento 5 Stelle, Rosa D’Amato, que defende “uma investigação a nível da UE “.
Rosa D’Amato em declarações à imprensa italiana refere que a descoberta foi feita somente depois que ter sido “adoptado um sistema de teste” recomendado pela Comissão Europeia. “Estamos perplexos: porque, se é claro que com este sistema se pode identificar a bactéria, Bruxelas ainda não o tornou obrigatório?”, realça a eurodeputada.
Rosa D’Amato afirma que “a presença da Xylella ao nível da UE demonstra ser necessário criar uma equipa com elementos das várias regiões europeias, como a Córsega e a Provença. O principal objectivo é fazer pressão sobre Bruxelas para que a bactéria seja declarada endémica. Como eu tinha pedido há meses”.
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