O Reitor da Universidade de Coimbra anunciou a polémica decisão de acabar com a carne de vaca nas cantinas escolares. O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, já a reagiu e fala de “populismo” e “demagogia”.
“Proibir ou educar?”, assim começa o post de Capoulas Santos na sua página pessoal do Facebook. “Não deixa de ser amargo constatar que até as vetustas paredes da centenária academia são permeáveis ao populismo e à demagogia”, escreve o ministro da Agricultura.
E acrescenta que “sete séculos depois o decreto ainda derrota a educação, que é a maior garantia da liberdade individual e, dentro desta, da liberdade de escolha informada”.
Roteiro para a Neutralidade Carbónica
Tal como aquando da apresentação do Roteiro para a Neutralidade Carbónica (RNC2050), em Dezembro de 2018, quando o ministro do Ambiente e Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, anunciou a intenção reduzir entre 30% e 50% a produção de carne de vaca até 2050, Capoulas Santos ficou do lado dos agricultores.
Capoulas Santos declarou então no Parlamento que “a agricultura é o sector que mais fixa carbono, mas contribui também com 10% para as emissões. Temos de ter em conta que dos 10% apenas 2,5% dizem respeito aos ruminantes“. E desses “1,5% diz respeito aos bovinos de carne. Não me parece que a descarbonização da sociedade portuguesa se vá resolver à custa dos bovinos de carne”.
Ver também:
Jovens Agricultores: “Vacas, sim! Alarmes, não!”
Federação Agrícola dos Açores: Reitor da Universidade de Coimbra é “contra a produção nacional”
Produtores de leite protestam contra proibição de carne de vaca na Universidade de Coimbra
CAP contra proibição da carne de vaca nas cantinas da Universidade de Coimbra
Agricultura e Mar Actual
Por favor leia bem a literatura cientifica ACTUAL acerca da produção de gazes de estufa pelo gado bovino (através dos seus excrementos, não pela produção de pastos para a sua alimentação). Assim mesmo seria bom ler as recomendações do IPCC e das Nações Unidas acerca das mudanças que TEM de ser feitas na nossa alimentação se queremos mesmo deixar uma Terra habitável aos nossos filhos. Cumprimentos, Helena Fortunato
Vá ler a senhora. Vá informar-se sobre a condições de criação de gado bovino em Portugal (produção integrada e biológica) e veja se realmente são nocivas ao ambiente. Veja por exemplo a quantidade de de gazes produzidos pelos incêndios, que ocorrem pelo facto de as terras estarem abandonadas e cheias de mato. Como é que explica no século passado nos EUA pastavam mais de 500 milhões de Bisontes, que corresponde hoje em dia ao número de cabeças de gado existente nesse país, e não existiam problemas ambientais… Deixem-se de fundamentalismos da treta, e adoptem medidas realmente eficazes minorar a pegada ecológica. Andem mais a pé e deixem as vacas e quem as cria em paz…