O estado de emergência decretado em Março de 2020 determinou o encerramento de restaurantes e cantinas, tendo provocado excedentes em inúmeros sectores, nomeadamente no da cunicultura.
Uma parte desses excedentes foi escoada no início da pandemia, quando houve uma corrida frenética aos supermercados, mas pouco tempo depois a procura caiu e o sector foi obrigado a planear a produção, para que não houvesse excedentes, nem rupturas de abastecimento, explica a Aspoc — Associação Portuguesa de Cunicultura em nota de imprensa.
Durante o período de confinamento, a comercialização de produtos congelados sofreu uma quebra acentuada e, por isso, o sector teve que orientar a produção para os produtos frescos.
“A cadeia de produção de carne de coelho articulou-se no sentido de garantir o abastecimento sem interrupções, e salvaguardando o cumprimento das normas sanitárias definidas pela Direcção Geral de Saúde”, afirmou o Presidente da Aspoc, Firmino Sousa.
Sem rupturas no abastecimento
“Apesar do plano de contingência, não houve rupturas no abastecimento de matérias-primas, designadamente rações, e todos os serviços técnicos foram assegurados sem falhas. A importação e a exportação de produtos também não sofreu qualquer tipo de constrangimento porque o sector planeou meticulosamente o circuito comercial e a logística”, acrescentou aquele responsável.
Embora ciente dos tempos difíceis que se avizinham, Firmino de Sousa garante que “a Aspoc continuará a sensibilizar a opinião publica para os benefícios nutricionais da carne de coelho, promovendo o seu consumo junto de todos os que acreditam numa dieta alimentar saudável”.
Campanha de carne de coelho
A campanha de carne de coelho que tem sido levada a cabo nos últimos 3 anos “tem demonstrado que, quando se procura manter um padrão de vida saudável à base da Dieta Mediterrânica, a carne de coelho é uma excelente alternativa”, realça a mesma nota. O facto de “ser muito macia e ter um baixo teor de fibras de colagénio, torna-a um alimento ideal para toda a família. Comparativamente a outras carnes presentes no ponto de venda, a de coelho é uma das que contém menos gordura e é de mais fácil digestão”.
E a Aspoc salienta dez razões para incluir a carne de coelho no seu dia-a-dia:
- É uma carne magra com muito pouca quantidade de gordura;
- Não contém ácido úrico, podendo ser uma alternativa saudável para quem deve controlar esse elemento na sua alimentação;
- Contém uma importante quantidade de minerais como potássio e fósforo;
- Contém várias vitaminas do complexo B;
- É fonte de proteínas de alto valor biológico, necessárias em todas as fases da vida;
- Apresenta fácil digestibilidade, devido à pouca quantidade de fibras de colagénio e de gordura;
- Tem um baixo teor de sódio;
- Apresenta um aporte energético muito equilibrado, de aproximadamente 117 Quilocalorias por cada 100 gramas;
- É versátil, podendo ser utilizada em inúmeras receitas, designadamente nas da tradição mediterrânica;
- Contribui para um consumo mais sustentável, dado que os resíduos do seu processo produtivo são recicláveis.
Agricultura e Mar Actual