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Saiba como combater as principais pragas nos hortícolas

Artigo de opinião de Rosa Moreira, Eng.ª Agrónoma, promotora do site A Cientista Agrícola

Adaptado da circular nº 18 de 2020, da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho

Esta circular, bem como edições anteriores, pode também ser consultada e descarregada em

1 – http://portal.drapnorte.gov.pt/servico/fitossanidade/avisos-agricolas

2 –  http://snaa.dgav.pt/

TRAÇA DO TOMATEIRO

Tuta absoluta

As capturas de adultos nas armadilhas têm aumentado constantemente nas últimas semanas. Temos visto ataques frequentes de traça em tomateiros em produção, bem como muito tomate com traça no comércio.

Vigie a cultura e tome as medidas que temos recomendado repetidamente nas circulares anteriores, de modo a minorar os estragos e prejuízos causados pela traça.

LESMAS E CARACÓIS

As lesmas e caracóis podem causar elevados prejuízos em horticultura e floricultura.

Culturas como alface, couve lombarda e repolhos, espinafres, morangos, são bastante sensíveis. A multiplicação de lesmas e caracóis é favorecida por Invernos amenos e Verões húmidos. Tempo frio ou de seca é-lhes desfavorável. De momento, as condições meteorológicas ainda são pouco favoráveis a ataques de caracóis e lesmas. No entanto, vá tendo em atenção o seguinte: A luta contra as lesmas e caracóis deve basear-se sobretudo em:

MEDIDAS PREVENTIVAS

 rotação de culturas

 eliminação dos restos de cultura

 utilização de estrumes e compostos bem curtidos

 controlo cuidadoso das ervas nas culturas e à volta das parcelas e dentro das estufas

 protecção dos animais auxiliares

 trabalhos mecânicos, como sachas e gradagens, que podem perturbar a reprodução de lesmas e caracóis, dispersando os ovos e expondo-os ao ar, diminuindo acentuadamente as populações.

Lesmas e caracóis têm numerosos inimigos naturais:

 insectos do solo – como os carabídeos

 mamíferos – como os ouriços cacheiros

 aves – como os melros, são grandes consumidores de lesmas e caracóis. Apenas em casos de mais difícil controlo, podem ser utilizados moluscicidas, numa luta directa contra estes inimigos das culturas.

As aplicações precoces, no início da cultura (sementeira ou plantação), dão melhores resultados. A aplicação no decurso da vegetação, quando as culturas estão em desenvolvimento, é menos eficaz e permite apenas limitar os prejuízos já declarados.

No Modo de Produção Biológico, além das medidas preventivas acima enumeradas, é permitido o uso de moluscicidas à base de acetato de ferro (FERRAMOL, SLUXX, SMART BAYT).

LAGARTA VERDE DA COUVE
Pieris brassicae

Está a decorrer o 2º voo e as posturas desta praga.

Cada fêmea deposita nas folhas das couves de diversas espécies e variedades, cerca de 300 ovos, em grupos de 20 a 30.

Quando eclodem, as larvas mantêm-se juntas até atingirem praticamente o estado de desenvolvimento final, causando grandes destruições e perdas, sobretudo em viveiros e nas plantações recentes.

De ora em diante, deve dar especial atenção a todas as culturas de diversas espécies e variedades de couves.

Em pequenas hortas familiares, podem-se retirar e destruir as folhas com ovos ou com lagartas, ou retirar ovos e lagartas, evitando o recurso a insecticidas.

Em explorações de maior dimensão, podem ser aplicados insecticidas diversos homologados, quando se justifique (por exemplo, CIFLUMAX, CYTHRIN 10 EC, DECIS, DECIS EXPERT, STEWARD, KARATE ZEON, KARATE +, JUDO, ATLAS, NINJA with ZEON technology, etc.. ).

No Modo de Produção Biológico estão autorizados insecticidas à base de azadiractina (ALIGN, FORTUNE ASA) e de Bacillus thuringiensis (PRESA, SEQURA, TUREX).

Para serem eficazes, terão de ser aplicados quando aparecerem as primeiras larvas. ROSCAS

ROSCAS (NÓCTUAS)

Mamestra brassicae, Agrotis sp., etc.

Como medida preventiva, manter a cultura e imediações limpas de ervas infestantes, pois as borboletas de algumas roscas procuram as plantas espontâneas para porem os ovos.

Para combate directo, em caso de infestação, proceda como para a lagarta verde da couve.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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