O presidente do PSD, em visita à região Centro, espera que este ano a época de incêndios decorra sem a dimensão trágica de 2017. Rui Rio quis transmitir uma mensagem de solidariedade às populações de Arganil e de Oliveira do Hospital atingidas pelos fogos graves de 2017.
O presidente do PSD criticou o Governo e os serviços públicos por “falta de eficácia e sensibilidade” na atribuição dos apoios às pessoas afectadas pelos incêndios de Outubro do ano anterior.
“Não consigo compreender como é que os serviços públicos não são sensíveis, não são eficazes no apoio e, acima de tudo, desculpam-se porque o prazo acabou ou porque altera o regulamento. Isso são coisas laterais em relação ao que está em causa”, afirmou Rui Rio, que falava esta terça-feira, 3 de Julho, durante uma visita a vários locais afectados pelos incêndios de Outubro.
“Uma mentira”
Rui Rio considerou ser “uma mentira” quando o Governo diz que “está tudo bem, quando está tudo mal”. A atribuição dos apoios, lembra o líder social-democrata, “nem tem muito a ver com a questão política, mas de postura na vida”, considerando que o direito “não é só um direito por lei, por regulamento, é um direito ético, um direito moral, acima de tudo”.
Nesse sentido, criticou a forma como o Governo lida com a atribuição dos apoios às pessoas afectadas. “A questão é darem ou não darem o apoio às pessoas, acompanharem ou não acompanharem as pessoas e não se perderem a dizer que meteu fora do prazo ou que as regras foram alteradas”, protestou, considerando que, apesar de a questão maior não ser o dinheiro, seria necessária uma maior atenção Governo do ponto de vista financeiro.
Rio reconhece que folga orçamental “é pouca”
“Sabemos que, do ponto de vista orçamental, a folga é pouca, mas isto é um caso extraordinário”, afirmou, acrescentando que “é absolutamente evidente” a necessidade de uma dotação orçamental para as populações afectadas.
De acordo com o presidente do PSD, “mais do que uma questão política, tem que ver com uma questão de solidariedade entre nós. E isto é válido para quem está na política, mas também para os serviços públicos, que muitas vezes emperram e não funcionam da forma como deviam funcionar”.
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