As energias renováveis abasteceram, nos primeiros dez meses do ano, 72% do consumo de electricidade em Portugal. Neste período, a energia hídrica foi responsável pelo abastecimento de 30% do consumo, a eólica por 26%, a fotovoltaica por 10% e a biomassa por 6%. A produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto os restantes 19% corresponderam a energia importada.
Em comparação com os primeiros 10 meses de 2023, registou-se um crescimento do consumo de electricidade de 1,9%, ou de 2,3%, com correcção da temperatura e dias úteis. Note-se que, até ao final de Outubro, o consumo de gás natural registou uma queda homóloga de 21%, com uma descida de 66% no segmento de produção de energia eléctrica e um crescimento de 3% no segmento convencional. Globalmente, para este período, trata-se do consumo de gás mais baixo desde 2004, refere uma nota de imprensa da REN – Redes Energéticas Nacionais.
Em Outubro, a produção renovável abasteceu 68% do consumo, a produção não renovável 10%, enquanto os restantes 22% corresponderam a energia importada. Em Outubro, as condições foram particularmente favoráveis para a produção hidroeléctrica e para a eólica, com os índices de produtibilidade a registarem 1,76 e 1,27, respectivamente (média histórica de 1).
Já no caso da fotovoltaica, o índice de produtibilidade não ultrapassou os 0,77 (média histórica de 1), tratando-se do índice mais baixo dos registos da REN para o mês de Outubro desde 2010. Neste mês, registou-se um aumento do consumo de energia eléctrica, com uma variação homóloga de 3,1%, ou 1,8% com correcção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis, adianta a mesma nota.
E acrescenta que, no mês de Outubro, a tendência de quebra do consumo de gás natural manteve-se, com uma descida homóloga global de 5,4%. No segmento de produção de energia eléctrica, registou-se uma queda homóloga de 47%, parcialmente compensada pelo segmento convencional, que compreende os restantes clientes, e onde se registou um crescimento homólogo 15,7%. O aprovisionamento do sistema nacional manteve-se integralmente através do terminal de GNL de Sines.
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