O Partido Socialista (PS) do Faial lamentou, esta terça-feira, 1 de Agosto, que passados dois anos desde a entrada em funcionamento da Escola do Mar dos Açores (EMA) a mesma ainda não se encontre certificada enquanto entidade formadora, manifestando ainda a sua preocupação quanto à falta de conhecimento sobre a oferta formativa para o ano lectivo de 2022/2023.
Para os socialistas do Faial, é lamentável que os eleitos locais pelo PSD, “que noutros tempos manifestaram a sua incompreensão perante a falta de certificação do estabelecimento”, se remetam, agora, “a um total silêncio quanto ao atraso verificado na certificação da Escola do Mar dos Açores”.
Referindo ter sido este um projecto desenvolvido pelo anterior Governo Regional do Partido Socialista, que constitui “um elemento fundamental na estratégia de aproveitamento das potencialidades que o mar oferece à Região”, o PS/Faial condena que o actual secretário Regional do Mar continue a apregoar que “herdou a EMA sem certificação”, parecendo não querer lembrar “que quem deu início ao processo foi o Governo do PS e que a actual coligação já está, há demasiado tempo, sem avançar com a sua conclusão”.
Mas, para o PS/Faial, avança o partido em nota de imprensa, “é ainda lamentável” que o actual responsável pela pasta do Mar assuma “como sendo deste governo a responsabilidade pela criação do parque de limitação de avarias (PLA)”, quando na verdade “a obra foi, igualmente, adjudicada pelo anterior Governo Regional, limitando-se, isso sim, o executivo de coligação, a inaugurar um espaço que em nada contribuíram para a sua concretização”.
Sem programa de formação para 2022/2023
“A par destas matérias, estamos, também, perto de dar início a um novo ano lectivo e ainda nada se sabe quanto ao programa de formação para 2022/2023, por isso importa esclarecer onde se encontram os Cursos de Especialização Tecnológica que os eleitos do PSD, pelo Faial, tanto apregoaram no passado”, questionaram ainda os socialistas, lembrando, também, que em matéria de formação para o mar, o único curso minimamente organizado foi o de nadador-salvador.
“Todos os restantes foram pagos a entidades terceiras e certificados por estas, sem conceito definidor, sem uma estratégia, sem as actualizações que se impõem face ao tempo decorrido”, referem os socialistas.
Recordando que a Escola do Mar, que no seu arranque envolveu a Universidade dos Açores, através do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP/UA), a Escola Superior Náutica Infante Dom Henrique (ENIDH) e a Câmara Municipal da Horta, o PS/Faial alerta ainda para o facto de “quer a Universidade, quer a Escola Náutica, se encontrarem simplesmente afastadas do processo de construção de uma oferta formativa para o mar dos Açores”.
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