O workshop internacional sobre “Doenças emergentes para a hortofruticultura em Portugal”, no âmbito do projecto XylOut – Epidemiologia, Ecogenómica e Modelação das Doenças Reguladas de Prunus, realiza-se no dia 5 de Maio, no Centro AgroTech do Fundão. O encontro conta com o apoio da Câmara Municipal do Fundão.
O impacto das doenças das plantas aumentou drasticamente devido à intensificação, globalização, desenvolvimento comercial e alterações climáticas. Apesar do investimento na protecção e controlo, são ainda responsáveis por mais de 15% das perdas totais.
O projecto XylOut, coordenado pelo Instituto Pedro Nunes (IPN) e a CATAA – Associação Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar de Castelo Branco, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, surgiu neste contexto, e tem como missão, entre outras, contribuir para a transferência efectiva de resultados e conhecimentos para diferentes públicos-alvo na temática das doenças das plantas.
Este workshop conta com a participação de Paula Garcia, subdirectora-geral da DGAV — Direcção–Geral de Alimentação e Veterinária que abordará o tema “Xylella fastidiosa em Portugal: o plano nacional para erradicar a bactérias e controlo de vectores” e estará também na sessão de encerramento.
A entrada é livre, mediante inscrição prévia, aqui, e limitada a 100 participantes.
Pode consultar o programa do workshop aqui.
Projecto XylOut
Segundo os responsáveis pelo projecto XylOut, a região da Beira Interior é a mais produtiva de Portugal em Prunus avium (cereja) e P. persicae (pêssego), sendo estes recursos agroalimentares pilares para a economia regional, correspondendo a 69% e 48% da produção nacional.
A implementação de áreas consideráveis de P. dulci (amendoal) em sistema intensivo é um factor relevante para a dinâmica do agroecossistema, nomeadamente ao nível sanidade vegetal. Recentemente, forma notificados surtos de doenças em Prunus sp. associados a perdas crescentes de rendimento cujo conhecimento sobre a ocorrência e prevalência é escasso.
O XylOut pretende colmatar a actual falta de conhecimento e a complexidade do agroecossistema da Beira Interior, adoptando uma abordagem ecológica que combine metabarcoding e patogenómica, bem como dados experimentais de ecologia microbiana, epidemiologia e fitopatologia. Esta abordagem permitirá identificar e caracterizar os agentes causais e determinar o impacto das doenças sobre a microbiota e, de extrema importância, o potencial de expansão dos agentes patogénicos.
Saiba mais sobre o projecto XylOut aqui.
Agricultura e Mar