A ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, e o secretário de Estado da Agricultura, Gonçalo Rodrigues, foram conhecer esta manhã, de 10 de Janeiro, o projecto LabLep, financiado pelo PRR — Plano de Recuperação e Resiliência.
Este projecto ambiciona promover a utilização da leguminosa feijão cutelinho (Lablab purpureus) na alimentação de animais e humanos, bem como ser um meio de fixação de azoto no solo nas regiões do Alentejo e Ribatejo, procurando responder ao desafio da adaptação e mitigação dos efeitos das alterações climáticas.
Os responsáveis pelo projecto esperam conseguir o apuramento de variedades da leguminosa feijão cutelinho de acordo com 3 valências distintas: alto valor nutricional (alimentação humana), valor forrageiro, e suporte a serviços críticos dos ecossistemas agrícolas. Por outro lado, pretende a inscrição dessas variedades no catálogo nacional, comprovar e quantificar a capacidade do feijão cutelinho reter azoto atmosférico, e definir o itinerário técnico para o feijão cutelinho de forma a permitir criar capacidade produtiva que suporte uma nova fileira.
“Num contexto altamente marcado pelos efeitos das alterações climáticas, bem visíveis no fenómenos extremos que temos vindo a enfrentar, e sendo imperativo compatibilizar a gestão eficiente dos recursos e a produção de alimentos seguros e de qualidade, a agricultura e a investigação têm de, cada vez mais, trabalhar em colaboração permanente. Temos de, juntos, semear conhecimento para colher mais e melhores resultados”, disse a ministra da Agricultura durante a visita ao CCTI — Centro Competências Tomate Indústria, no Cartaxo, onde está a ser desenvolvido o projecto.
O LabLep tem como objectivos operacionais: reforçar a disponibilidade de água para a agricultura, garantindo a sua utilização sustentável; Preservar e melhorar o potencial produtivo dos solos, melhorar a gestão do risco e combater a desertificação; aumentar o conhecimento sobre a actividade agrícola, os impactos potenciais e cumulativos, a capacidade de resposta e implementar medidas de adaptação; e aumentar a resiliência dos ecossistemas agrícolas, espécies e habitats aos efeitos das alterações climáticas.
P projecto LabLep tem como entidades beneficiárias:
- Centro de competências para o Tomate Indústria (CCTI)
- INIAV, Pólo de Inovação de Elvas
- Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas (FNOP)
- Casa Agrícola Campos do Bica
- Nutribean
- Raízes do Prado
- Reguenguinho Sociedade Agrícola
- Sociedade Agrícola Quebramilho
- TEF — Organização de Produtores
- Isabel Maria dos Santos Guiomar
O projecto pretende criar sistemas agrícolas resilientes, promover os efeitos benéficos do consumo de Lablab na saúde humana, aumentar a produtividade e consequentemente o rendimento dos operadores agrícolas.
E pretende fazer a identificação e levantamento de variedades da leguminosa feijão cutelinho; selecção de plantas produtivas e com melhor adaptação; instalação de campos experimentais; definição do itinerário técnico da cultura; e validação do processamento industrial.
Por outro lado, este projecto, no que diz respeito à gestão de vegetação, pretende promover o pastoreio extensivo com raças autóctones e aproveitamento agrícola em redor dos aglomerados populacionais.
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