A Comissão Europeia publica hoje, 7 de Julho, as suas últimas perspectivas de curto prazo para os mercados agrícolas da UE, nas quais salienta as preocupações de segurança alimentar. Segundo o documento, os preços dos cereais continuam muito altos e voláteis devido à incerteza sobre o nível global de oferta causada pela invasão russa da Ucrânia, que agravou ainda mais os altos preços de energia e fertilizantes e a procura pós-Covid por ração animal.
Refere a Comissão nas suas perspectivas a curto prazo sobre mercados agrícolas da UE que a produção total de cereais da UE deverá atingir 286,4 milhões de toneladas, 2,5% abaixo da temporada 2021/22. No entanto, a procura de alimentos para animais e de cereais para a produção de biocombustíveis deverá diminuir 1,3% e 3%, respectivamente, e a UE tem reservas de cereais relativamente elevadas.
Espera ainda que as exportações de cereais da UE aumentem 14% em relação a 2021/22, compensando parcialmente a redução nas exportações globais causada pelo bloqueio de portos marítimos ucranianos e restrições à exportação que foram implementadas por alguns exportadores.
Acrescenta o documento que a derrogação para permitir a produção de quaisquer culturas para alimentação humana e animal em pousio, concedida em Março pela Comissão, resultou num aumento das superfícies semeadas de proteaginosas para 2022/23. O aumento projectado da área é de 6% (2,2 milhões de hectares) para proteaginosas em relação ao ano anterior.
Graças ao aumento da produção, as exportações de proteaginosas da UE deverão crescer 19% em comparação com o ano passado. Os agricultores também usaram essa derrogação para plantar girassol, “por causa dos seus requisitos relativamente baixos de água e fertilização”.
As áreas estimadas de semeadura de girassol atingiram 4,7 milhões de hectares, um aumento de 7,8% em relação ao ano anterior. Nesta temporada, a produção de sementes de girassol da UE deverá atingir um recorde histórico de 11,1 milhões de toneladas (+7,8%).
Agricultura e Mar