As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 30 de Novembro, apontam para um aumento na produção de azeitona para azeite (+20%), estimando-se que possa atingir as 870 mil toneladas, uma das maiores desde que se dispõe de registos sistemáticos.
De notar, no entanto, o aumento das dificuldades na gestão do bagaço da azeitona, que poderá comprometer o normal desenvolvimento da colheita, refere o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Dezembro de 2019 do INE.
Olivais para azeite com produção historicamente elevada
A precipitação de Novembro não condicionou a colheita mecânica da azeitona nos olivais intensivos e superintensivos, tendo, nos olivais tradicionais apanhados à mão, sido responsável por atrasos pouco significativos.
A carga de frutos inicial foi superior à da campanha anterior e, apesar dos receios causados pela escassa precipitação ao longo do ciclo, grande parte aguentou-se até à fase de maturação. Os técnicos do INE esperam um aumento de 20% na produção da azeitona para azeite, para as 870 mil toneladas, ao nível das melhores campanhas dos últimos oitenta anos.
De referir que este aumento de produção, associado à concentração da colheita e ao sub-dimensionamento das unidades de armazenamento e transformação do bagaço de azeitona, estão a causar apreensão nos agentes do sector, relativamente à capacidade instalada para receber e transformar este subprodutos da produção de azeite, o que, no pior cenário, poderá conduzir a uma paragem na apanha da azeitona.
Para a azeitona de mesa o aumento ainda deverá ser mais significativo, com a produção a alcançar a 18 mil toneladas (+35%, face a 2018).
Agricultura e Mar Actual