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Presidente da Câmara do Cartaxo pede ao Governo para reconsiderar encerramento do comércio local

O presidente da Câmara do Cartaxo, o socialista Pedro Magalhães Ribeiro, apela ao Governo para reconsiderar encerramento do comércio local. E vai “apelar ao Governo, de forma muito veemente, para a necessidade de rever o encerramento decretado em Conselho de Ministros de pequenos negócios de apoio à população que, na nossa comunidade, são o sustento de muitas famílias”.

No final da reunião extraordinária da Comissão Municipal de Protecção Civil, ontem, dia 14 de Janeiro, o autarca quer centros de estudos e de explicações na lista de estabelecimentos abertos e contesta o encerramento do pequeno comércio que “está a ser castigado apesar do cumprimento estrito das normas da DGS [Direcção-Geral de Saúde] e apesar de, na nossa comunidade, nunca ter havido qualquer surto conhecido de transmissão a partir do comércio local”.

E acrescenta que outras decisões decretadas pelo Governo “suscitam-me algumas dúvidas sobre a sua eficácia e sobre a sua coerência, mas compreendo a complexidade das decisões que estão a ser determinadas”, salientando que “a saúde de cada um será sempre a principal preocupação, mas não podemos esquecer que a economia local já sofreu muito no ano passado e é ela que sustenta a maior parte dos postos de trabalho no nosso concelho”.

Para o autarca, negócios como cabeleireiros, barbeiros ou esteticistas, que “em grandes cidades podem ser estabelecimentos com muito movimento, espaços enormes, que obrigam a muita mobilidade quer de clientes, quer de trabalhadores, na nossa realidade, são espaços muito mais pequenos, que na maioria funcionam por marcação, com um cliente de cada vez no estabelecimento”, o que justifica a proposta partilhada pelo autarca na reunião da Comissão Municipal de Protecção Civil de enviar ao Governo um apelo para que o comércio local seja entendido de modo diferente – “porque é de facto diferente”, afirmou o autarca.

Apoio às empresas

Pedro Magalhães Ribeiro saudou as medidas de apoio às empresas, ao emprego e à área da cultura e sublinhou, na área das empresas “que é muito importante que o reforço de verbas ontem anunciado pelo ministro de Estado e da Economia cheguem depressa às empresas, quer para atenuar o impacto da pandemia, quer para que as empresas mantenham a sua capacidade produtiva, para que o nosso comércio e os nossos prestadores de serviços resistam a mais este período de portas fechadas”.

Entretanto, a Câmara Municipal do Cartaxo está a preparar o Programa de Recuperação Económica e Social do Concelho para apoiar as famílias, as empresas e as instituições (solidariedade social, cultura, desporto e juventude) mais afectadas pela pandemia.

A Comissão Municipal aprovou a proposta por unanimidade, destacando o investimento financeiro e de alteração de funcionamento que o pequeno comércio e os serviços locais fizeram “para cumprir todas as normas impostas pela DGS, que seguiram de forma rigorosa. Este cumprimento foi confirmado pela Protecção Civil Municipal”, afirmou o presidente da Câmara Municipal, destacando que “não há, no nosso concelho, qualquer surto, qualquer ligação a casos confirmados, que tenha resultado da frequência destes espaços comerciais e de serviços”.

Pedro Magalhães Ribeiro vai endereçar ao Governo, ainda hoje, as propostas aprovadas em Comissão Municipal de Protecção Civil, destacando que “entendemos e aceitamos que este novo confinamento é feito em nome da saúde de todos, os casos activos e em vigilância activa no nosso concelho são preocupantes e, sim, há que reduzir a mobilidade de pessoas, os ajuntamentos, é preciso ficar de novo em casa, mas não se pode decidir sobre o comércio e serviços apenas pela designação da sua actividade, há que olhar para a realidade local”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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