O presidente da ACOS – Associação de Agricultores do Sul, Rui Garrido, no seu discurso de inauguração da Ovibeja, falando do regadio da região, nomeadamente a partir do EFMA — Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva, disse que se “revela fundamental” a necessidade de mais água para a agricultura, “até porque a água de Alqueva não é ilimitada”.
E salientou que “a quota de água fixada para a agricultura em 590 hm3 deverá ser revista (uma vez que já é insuficiente para a actual área abrangida pelo EFMA), a fim de fazer face aos novos blocos de rega em projecto, à cedência de água a albufeiras pré-existentes da nossa região e de outras regiões adjacentes, e à inclusão dos regadios precários, problema que urge resolver. Também aqui, as soluções terrão de passar pela captação de mais reservas de água, bem como pela renegociação com a EDP do volume de água referido”.
No que diz respeito aos apoios no âmbito do PEPAC — Plano Estratégico da Política Agrícola Comum, Rui Garrido, disse “espera-se a abertura de novos concursos para apoio ao investimento, que não pode parar e que tem de ser ajudado, quer na actividade agro-pecuária quer na florestal. Esta última, praticamente com apoio nulo no último quadro comunitário, na nossa região”.
E salientou que “não é compreensível que o olival, uma cultura tão bem adaptada, de baixo consumo de água e de agroquímicos, não seja elegível para investimento na zona do EFMA. Outro assunto que urge resolver”, dirigindo-se ao primeiro-ministro, Luís Montenegro.
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