O secretário-geral da CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal, Luís Mira, acusou hoje, 14 de Outubro, o Governo português de “estar viciado em impostos” e de se “esquecer da competitividade das empresas e da economia”.
Luís Mira explica que “70% do custo energético do sector agrícola está no gasóleo”, o que significa o inevitável aumento do custo dos produtos sempre que o Governo mexer no preço dos combustíveis.
Preocupada com a decisão do Governo que “esquece a competitividade do País”, a CAP lembra que “o gasóleo é a energia mais utilizada na agricultura, representando 70% dos custos energéticos do sector”.
Esta segunda-feira, “o preço dos combustíveis voltou a subir, pela terceira semana seguida. O descongelamento progressivo da taxa de carbono inscrita no Orçamento de Estado vai fazer subir, substancialmente os preços dos combustíveis e, consequentemente acarretar aumentos nos produtos e serviços, nomeadamente nos alimentos”, garante a direcção da CAP.
Luís Mira reforça ainda que os custos com o gasóleo agrícola “são mais baixos em países vizinhos”, o que significará o “necessário aumento das importações de produtos” que, por exemplo, os agricultores espanhóis conseguem vender a preços mais baixos”.
Também o director-geral da APED — Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição, Gonçalo Lobo Xavier, refere que este “descongelamento da taxa de carbono irá pressionar o sector”, antecipando um aumento de preços no fim da cadeia, com prejuízos para os consumidores.
Refira-se que no Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025), o Governo espera arrecadar 525 milhões de euros com a taxa de carbono.
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