Os preços da madeira de pinheiro-bravo no mercado da produção têm registado uma tendência de aumento ao longo dos últimos cinco anos, tendo-se verificado, em 2023, um pico no preço máximo (com o valor máximo de 143 €/m3) e um pico no preço médio em 2021 (com o valor de 52 €/m3), revela a a AgroGes — Sociedade de Estudos e Projectos na sua análise à fileira do pinheiro-bravo, realizada para a 19ª edição do Millennium Agro News.
E adianta que, no período de 2018 a 2023, a taxa de crescimento médio anual foi de 15% para o preço mínimo, de 16% para o preço médio e de 23% para o preço máximo registado. Segundo as Contas Económicas da Silvicultura publicadas pelo INE — Instituto Nacional de Estatística (2023), a produção total de madeira de resinosas para fins industriais representa, em termos médios, 17% da produção total de bens silvícolas (cerca de 147 milhões de euros em média, desde 2000 até 2021).
De 2000 a 2021, a produção total de madeira de resinosas para fins industriais manteve-se praticamente constante. Contudo, entre 2000 e 2010 registou um decréscimo na ordem de 7,7%/ano, mas posteriormente, entre 2010 e 2020, conquistou um ligeiro acréscimo de 1,4%/ano, resultando numa taxa de variação média anual de -2,3%/ano em todo o período de 2000 e 2021.
Com base nas cotações de madeira de pinheiro-bravo (€/m3) e no valor da produção nacional de madeira de resinosas para fins industriais, a Agro.Ges estima uma produção nacional de madeira de pinheiro-bravo na ordem de 5,22 milhões de metros cúbicos de madeira em 2021.
Comércio internacional
Quanto ao comércio internacional da fileira, refere a consultora que as exportações de produtos de madeira de pinheiro-bravo em valor têm crescido ligeiramente nos últimos anos, com um pico de exportações em 2022. Os produtos que mais contribuem para o crescimento das exportações de pinheiro-bravo em valor são a madeira em estilha, pellets e briquetes, os painéis de partículas, fibras e madeira contraplacada, que em 2022 atingiram os 135 milhões de euros e 331 milhões de euros, respectivamente.
As exportações de madeira em bruto de “Pinus sp.” e de madeira de “Pinus sp.” serrada ou fendida começaram a ser registadas a partir de 2017, tendo atingido em 2022 um valor de 3 milhões de euros e 57 milhões de euros, respectivamente.
Relativamente às importações de madeira de pinheiro-bravo, registou-se igualmente um crescimento ligeiro das importações entre 2020 e 2022, com um pico em 2022, provocado sobretudo pelo aumento de importações de madeira em bruto e de painéis e madeira contraplacada.
Estes produtos contribuíram para o crescimento das importações de pinheiro-bravo em valor, tendo atingido em 2022 os valores de 40 milhões de euros e 344 milhões de euros, respectivamente, realça a Agro.Ges.
Pode ler a 19ª edição do Millennium Agro News aqui.
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