A Porbatata – Associação da Batata de Portugal contactou os concelhos afectados pelos recentes incêndios registados no Centro de Portugal e decidiu “proceder de imediato à entrega de um camião de batata para consumo animal ao concelho de Pampilhosa da Serra, havendo possibilidade, dependendo das necessidades, de entregar mais batatas noutros concelhos”.
“Porque todos temos o dever de ajudar quem mais necessita, a Porbatata, por intermédio dos seus sócios em solidariedade com a população afectada por esta terrível catástrofe disponibiliza, batata a granel para alimentação animal e batata ensacada para alimentação humana”, refere uma nota da associação, acrescentando que o ano de 2017 “vai ficar marcado na memória de todos os portugueses como o ano em que um terrível incêndio ceifou vidas humanas, animais e património material de elevado valor”.
Produtores de batata com prejuízos
Mas, a Porbatata realça também que, “por motivos diferentes o ano de 2017 será também relembrado pelos produtores de batata, como o ano em que tiveram avultados prejuízos”.
Explica a associação que o ano de 2017 foi um “ano de boas produções e batata de boa qualidade, mas a conjuntura de mercado leva a que os preços da batata ao produtor rondem os 0,05 €/Kg ou menos, valor que cobre apenas ¼ do custo de produção”.
Dos factores que contribuíram para esta situação, a Porbatata realça o aumento da produção de batata, bem como o “cancelamento de contratos de exportação de batata portuguesa para a Europa por excesso de oferta de batata de países terceiros”.
Dadas as “condições invulgares” do corrente ano em relação à cultura da batata, a Porbatata em representação de todo o sector, solicitou uma reunião urgente ao ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, no sentido de “criar mecanismos, de forma a minimizar as perdas do sector”.
Agricultura e Mar Actual