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PCP defende Silopor “nas mãos do Estado” e a criação de outra estrutura que garanta o aprovisionamento de cereais

Uma delegação do Partido Comunista Português (PCP), encabeçada pelo secretário-geral Paulo Raimundo, visitou a Silopor — Empresa de Silos Portuários, empresa detida a 100% pelo Estado, que está em liquidação desde 2001. “Empresa pública que intervém num sector nevrálgico para o País, o do aprovisionamento de cereais”.

“Esta empresa controla 58% da importação de cereais no País, um sector crucial para a segurança alimentar e, consequentemente, para a segurança nacional. Uma empresa em insolvência há 24 anos que não pode fazer os investimentos necessários e tem dificuldades em responder aos direitos dos seus trabalhadores e às exigências de novas contratações”, realça uma nota de imprensa do PCP.

E defende que a Silopor “tem de continuar nas mãos do Estado, pois não podemos deixar matéria de Segurança Nacional, nas mãos do sector privado que tem apenas como objectivo o lucro. Só mesmo por razões de preconceito ideológico contra o bem comum é que se pode defender coisa diferente desta”, adiantando ser ” preciso, a partir desta empresa, constituir uma outra estrutura, mais robusta que garanta o aprovisionamento de cereais, mas também de outros alimentos, assegurando capacidade para retirar aos produtores, designadamente aos pequenos e médios agricultores, a sua produção a preços justos e assegurar a sua colocação no mercado a preços que os consumidores possam comprar”.

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Realçam ainda os comunistas o facto de Portugal viver “uma situação crítica nos que diz respeito aos cereais (capacidade de abastecimento para apenas 15 dias, com uma taxa de auto-suficiência inferior a 20%, e menos de 5% no caso do trigo), base da alimentação do nosso povo”, frisando que “a situação de indefinição desta empresa não pode prejudicar os seus trabalhadores. É indispensável que o Governo lhes garanta os salários, os horários, os direitos e as condições de trabalho dignos”.

E, acrescentam, “a situação da produção de cereais exige uma outra política que assegure um planeamento que vise o aumento da sua produção em Portugal até ao limite das nossas capacidades, o que implica apoios dirigidos, garantia de escoamento a preços compensadores, alteração de usos de solos que são mais apropriados para os cereais”.

O PCP garante que “continuará a defender estas questões na Assembleia da República, garantindo a segurança alimentar e os direitos dos trabalhadores”.

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