O Governo, “dando resposta às áreas de intervenção prioritária” da Estratégia Nacional para o Mar 2021-2030 (ENM 2021-2030), avança com várias medidas na sua Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2022. Uma delas, em destaque, é “desenvolver a rede de Port Tech Clusters nos portos comerciais e de pesca como plataformas de aceleração tecnológica das novas indústrias marítimas”. Uma medida que vem dos tempos da ex-ministra do Mar Ana Paula Vitorino.
“O sistema portuário nacional deve afirmar-se como a linha da frente da concretização da economia azul assente na inovação operacional, energética e ambiental das indústrias marítimas, promovendo o surgimento de novas empresas que concretizem efectivamente a economia circular azul”, dizia a então ministra do Mar a 30 de Janeiro de 2019, na sessão de apresentação dos parceiros pioneiros do Bluetech Accelerator. E realçava que “esta concretização será possível através da criação de uma rede de Port Tech Clusters, plataformas de aceleração da inovação tecnológica e empresarial de negócios azuis sustentáveis baseados nos portos.
Quase três anos depois, o Relatório do Orçamento do Estado para 2022 vem garantir que “esta acção irá contribuir para a promoção e reforço do cluster do mar e das parcerias entre agentes públicos, privados e universidades, garantindo condições para a atracção e retenção de talento, investimento e internacionalização nas áreas da economia azul”.
E acrescenta que estas medidas, previstas na ENM 2021-2030, serão implementadas nomeadamente através do investimento no Hub Azul, previsto no Plano de Recuperação e Resiliência.
No Relatório do Orçamento do Estado para 2022, o Governo compromete-se ainda a “aprofundar o relacionamento com a indústria, as universidades e os centros de investigação para reforçar os clusters empresariais da economia do mar existentes e identificar novas oportunidades na economia azul” e a “apoiar negócios e projectos sustentáveis e inovadores na área do mar e fomentar a I&D em rede”.
Agricultura e Mar Actual