O Grupo Novo Banco obteve um resultado negativo de 290,3 milhões de euros no primeiro semestre de 2017, o que compara favoravelmente com o prejuízo de 362,6 milhões registado até Junho de 2016, tendo em conta o ainda elevado nível de provisionamento. Relembre-se que o banco está em processo de venda à Lone Star.
No entanto, o resultado operacional (antes de imparidades e impostos) foi positivo em 171,5 milhões de euros (+20,5% que no primeiro semestre de 2016), “demonstrativo da capacidade de geração de resultados por parte do Grupo Novo Banco”, refere um comunicado da instituição.
Segundo António Ramalho, CEO do Novo Banco, “estes resultados evidenciam o enorme esforço de reestruturação do banco, quer no aumento dos resultados operacionais, quer na redução continuada de custos”.
Os custos operativos situaram-se em 265,2 milhões de euros, evidenciando um decréscimo de 39,0 milhões (-12,8%) face ao período homólogo do ano anterior, confirmando a tendência de redução que se tem verificado desde a criação do Novo Banco.
O montante afecto a provisões, no valor de 413,1 milhões de euros, regista uma redução de 163,6 milhões em relação ao período homólogo (-28,4%). No decorrer deste semestre foi constituída uma provisão para reestruturação (39,1M€) e para actividades em descontinuação (40,0M€). As imparidades para crédito no valor de 258,3M€ mantêm um nível elevado e semelhante ao semestre homólogo (Junho 2016: 282,4M€).
Crédito a clientes
O crédito a clientes totalizou 32,2mM€ tendo registado, neste trimestre, uma redução de 1,3mM€ no âmbito do processo de desalavancagem em curso; os depósitos de clientes (25,4mM€) ficaram acima do registado no primeiro trimestre de 2017 (+0,2 mM€), com o rácio de transformação a evoluir favoravelmente para 106% (dez-16: 110%).
O rácio de capital regulamentar Common Equity Tier 1 (CET1), estimado para 30 de Junho de 2017, fixou-se em 10,8%.
O mesmo comunicado salienta “a expressiva redução do crédito non performing que passou de 11,3mM€ em Dezembro de 2016 para 10,4mM€ em Junho de 2017 (redução de 0,9mM€), com o respectivo rácio de cobertura a atingir 50% (dez-16: 48%). A sinistralidade apresenta uma melhoria de 130pb situando-se em 32,1%”.
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