O seminário “Controlo e monitorização: novos desafios e oportunidades para a pesca sustentável”, organizado pela DGRM — Direcção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos e pela PONG-Pesca realizou-se no auditório daquela Direcção, em Paço de Arcos, em 29 de Novembro de 2018.
O encontro teve como principal objectivo ouvir todos os intervenientes e analisar a necessidade de controlar e monitorizar a pesca, enquanto actividade essencial para o bem comum.
Este foi o primeiro debate nacional sobre o regulamento de Controlo e a revisão do Fundo Europeu para os Assuntos Marítimos e Pescas (FEAMP), que decorreu da necessidade de informar e discutir com os vários stakeholders do sector que, é essencial que as normas estabelecidas e as actividades de pesca sejam devidamente monitorizadas, para se assegurar a adequada implementação da Política Comum das Pescas (PCP).
Casos de boas práticas
Simultaneamente à revisão do regulamento comunitário de Controlo, num cenário em que as novas tecnologias desempenham um papel cada vez mais importante, e dado que parte do FEAMP tem de ser alocado à efectivação da regulamentação de Controlo, a DGRM e a PONG-Pesca decidiram organizar um debate dedicado ao tema, identificando o que está em vigor, casos de boas práticas e o que pode ser melhorado.
Neste seminário foram analisados os seguintes temas: O “Controlo e Monitorização”, em que a DGRM deu a perspectiva nacional e dos desafios que impendem sobre esta implementação; a PONG-Pesca deu a visão das ONGA europeias sobre o que é fundamental não esquecer quando se aborda o tema; e a Direcção-Geral dos Assuntos Marítimos e das Pescas (DG-MARE) e a Agência Europeia de Controlo das Pescas (EFCA) deram a perspectiva da Comissão Europeia sobre o regulamento de controlo.
Riscos de pesca ilegal
Foi ainda apresentada a Environment Justice Foundation (EJF) que trabalha com empresas para compreender e mitigar os riscos de pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (INN) e os abusos de direitos humanos nas suas cadeias de fornecimento de pescado; e a Thai Union deu a perspectiva corporativa, apresentando o papel que o mercado pode ter nestas questões e como as empresas podem ser cruciais na alteração de toda a cadeia de valor.
Acção de Valorização do Carapau
O debate sobre o FEAMP foi precedido pela “Acção de Valorização do Carapau”, oferecida pela Docapesca. O FEAMP, que está a ser revisto, é um dos cinco Fundos Estruturais e Investimento e reveste-se de particular importância numa altura em que se aproxima a meta de 2020 para acabar com a sobrepesca nas águas europeias.
“Daqui, decorre que é ainda mais fundamental que se financie projectos que promovam pescarias sustentáveis e com o objectivo de restaurar o bom estado dos ecossistemas marinhos, permitindo o desenvolvimento sustentável”, salienta fonte institucional da DGRM.
Potencialidades do FEAMP
As potencialidades do FEAMP aplicadas à pesca portuguesa foram abordadas pela DG-MARE e o Mar 2020; as necessidades do sector pelo Movimento Associativo da Pesca e as prioridades de financiamento que as ONGA identificaram pela PONG-Pesca.
Este evento contou com a presença de representantes do sector, administração pública, entidades fiscalizadoras, organizações não-governamentais de ambiente, investigação científica, comércio a retalho e empresas do sector privado.
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Agricultura e Mar Actual
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