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Ministro do Mar: “Economia azul portuguesa pode impulsionar positivamente o progresso social e económico”

O ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos acredita que “os sectores da economia azul portuguesa podem impulsionar positivamente o progresso social e económico numa economia totalmente sustentável, valorizando o capital natural marinho e os serviços ecossistémicos que o oceano fornece”. A declaração foi proferida durante o evento Blue Economic Forum: O Caminho para a Recuperação Verde, organizado pelo Delphi Economic Forum e o Institute for Sustainable Development of EPLO – European Public Law Organisation.

Ricardo Serrão Santos afirmou que “a recuperação económica de que necessitamos deve ser uma oportunidade para redefinir nosso modelo de desenvolvimento económico e também nossos comportamentos”. Relembrando que “há uma década, as duas actividades económicas mais relevantes na economia global do mar, uma em termos de valor agregado total e a outra em termos de emprego, eram duas indústrias extractivas: energias fósseis e recursos vivos, respectivamente”, Serrão Santos considerou que “a recuperação de nossa economia deve ser baseada numa mudança de paradigma”.

Economia mais circular

“É fundamental descarbonizar a economia, desenvolver processos de produção mais limpos e tornar a economia mais circular, aumentando a sua eficiência na utilização de recursos e energia, e garantir a utilização sustentável dos recursos naturais, dentro dos limites regenerativos dos ecossistemas”, frisou.

O ministro do Mar explicou que “durante esta década, a política marinha portuguesa será orientada pela novíssima Estratégia Nacional para o Mar 2030” e que “a visão é promover um oceano saudável para potenciar o desenvolvimento sustentável e sólido, o bem-estar dos portugueses e a defesa de Portugal como exemplo na governança dos oceanos, apoiada no conhecimento científico”.

“Portugal tem uma vasta experiência e é um actor-chave na diplomacia internacional dos oceanos e continuará a impulsionar a governação sustentável do oceano global. Estamos profundamente empenhados em contribuir para as políticas da União Europeia em matéria de mar (com responsabilidade crescente agora que Portugal detém a Presidência do Conselho da UE) juntamente com o nosso empenho em promover iniciativas internacionais, como a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que se realizará em Lisboa em 2022”, acrescentou o governante.

O ministro concluiu dizendo que “a tarefa que enfrentamos para recuperarmos da pandemia, ao mesmo tempo que revertemos as alterações climáticas e a forma como exploramos os ecossistemas para alcançar um planeta e uma sociedade produtivos e saudáveis, é gigantesca e não pode esperar”.

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