Emmanuel Macron foi eleito Presidente da República Francesa no passado domingo, 7 de Maio. O seu governo e respectivo ministro da Agricultura deverá ser conhecido a 15 de Maio, segundo a agenda definida pelo Conselho Constitucional. São três os nomes avançados pela imprensa francesa, todos eles agricultores: Olivier Allain, Audrey Bourolleau e François Patriat. Mas, seja qual for o escolhido, já tem a pressão dos agricultores à espera.
A FNSEA – Fédération Nationale des Syndicats d’Exploitants Agricoles, ainda sem conhecer quem vai Macron escolher para a pasta da Agricultura, já fez saber que “espera que as suas treze propostas para os primeiros 200 dias” de governo estejam incluídas no programa do próximo ministro. “Precisamos de um ministro muito presente e envolvido em Bruxelas, porque sem a Europa, a agricultura tem futuro”, diz aquela Federação de agricultores franceses.
Já o sindicato agrícola Coordination Rurale espera que o novo chefe de Estado “saiba medir a profunda crise que afecta os agricultores”, acrescentando que “o maior desafio dos próximos cinco anos é, sem dúvida, a negociação da próxima Reforma da Política Agrícola Comum” (PAC), considerando que esta deve ser “uma PAC protectora e regulamentar, com a assistência de outros Estados-membros”.
Por último, o presidente da Agricultures & TerriToires, Chambres d’Agriculture, Claude Cochonneau, alerta que “os trabalhos sobre a próxima PAC, a negociação do Brexit e o desenvolvimento das negociações bilaterais serão cruciais para a agricultura francesa e europeia”.
Os candidatos
Olivier Allain
Segundo os especialistas agrícolas franceses o nome mais provável é o de Olivier Allain. Agricultor há 27 anos, em Corlay, nos Côtes-d’Armor, é vice-presidente da Região da Bretanha, tendo a cargo a pasta da Agricultura. Antes de ser eleito para aquela região francesa, Olivier Allain, um apoiante de peso de Macron, foi presidente da Câmara de Agricultura de Côtes-d’Armor. É conselheiro agrícola de Macron.
Também conselheira de Macron para a pasta da Agricultura e Ruralidade, Audrey Bourolleau, de 37 anos, é outra das candidatas. É delegada geral da Associação Vinho e Sociedade, que federa e defende os interesses da fileira vinícola francesa. Esta apoiante do movimento En Marche!, pode vir a ser a primeira mulher a ocupar o Ministério da Agricultura francês.
François Patriat, mais um dos “próximos” de Macron, já foi ministro da Agricultura. Este veterinário de formação ocupou o cargo nos dois últimos meses do governo de Jospin. Segundo a imprensa francesa, como o novo Presidente francês defende uma renovação do panorama político, François Patriat será o que menos hipóteses tem de vir a ocupar o cargo.
Agricultura e Mar Actual