O Ministério do Ambiente e da Acção Climática informa que, após análise do processo de intervenção no perímetro florestal de Ovar, decidiu o secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Catarino, a suspensão imediata e por 30 dias da execução de todos os contratos e demais actos jurídicos e materiais a ocorrer no Perímetro Florestal de Ovar, impedindo, assim, qualquer acção de corte de árvores, naquele território.
Determinou, ainda, que nesse prazo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) proceda a uma avaliação de todas as hastas públicas e demais operações em curso, devendo ser confirmada a sua conformidade legal e regulamentar e ponderada a sua oportunidade.
Esta moratória permitirá avaliar, também, se na operação de corte estão a ser cumpridos os limites de 500 metros da linha da costa, refere o Ministério do Ambiente e da Acção Climática em nota de imprensa.
Povoamentos de pinheiro-bravo
Relembre-se que o ICNF, no passado dia 9 de Fevereiro, enquanto entidade gestora do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, emitiu um comunicado a esclarecer que “a intervenção que está em curso para a renovação dos povoamentos de pinheiro-bravo tem por base o conhecimento científico e técnico consolidado sobre a ecologia e a silvicultura do pinheiro-bravo e adopta uma visão dinâmica e adaptativa, orientada para o futuro, de valorização da paisagem florestal, da biodiversidade e de protecção e conservação dos espaços dunares”.
“Este processo prevê que a renovação dos povoamentos de pinheiro-bravo seja balizada por cortes de renovação regulares, de ciclo anual e de pequena escala (que rondam em média os 25 hectares por ano – 1,6% da área total), afastados das áreas sujeitas a processos de erosão costeira”, acrescentava o ICNF.
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