O secretário Regional do Mar e das Pescas, Manuel São João, considera que a construção de um novo navio de investigação para a Região Autónoma dos Açores representa um novo paradigma em relação ao trabalho até agora desenvolvido.
“Este é um investimento que traduz uma mudança de paradigma para a investigação científica dos mares dos Açores, significando um grande avanço para a Região e para o conhecimento científico, uma grande mais valia transversal ao trabalho até agora desenvolvido”, considerou o governante, aquando a deslocação aos Estaleiros Armon, em Vigo, Espanha, onde decorre os trabalhos de construção.
“Deslocámo-nos aos Estaleiros Armon, em Vigo, para assinalar o assentamento da quilha do novo navio oceanográfico, em fase de construção, navio este que representa um avultado investimento por parte da Região Autónoma dos Açores, cuja empreitada é financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, salientou Manuel São João, acrescentando que “este é um marco, que no âmbito do processo de uma empreitada de construção civil, estabelecendo o paralelismo com um projecto marítimo, corresponde à primeira pedra”.
E prosseguiu: “foi com muito agrado que verificámos que os trabalhos em curso decorrem a bom ritmo, inclusivamente estando bastante adiantados em relação ao cronograma inicialmente previsto. De acordo com as informações que nos foram transmitidas, tudo aponta para que o navio seja lançado à água dentro de sensivelmente um ano, prosseguindo o seu apetrechamento e cumprindo a meta de ser entregue no porto da Horta antes do final de 2025”.
Investimento de 20 milhões de euros
A construção do novo navio de investigação está orçada em cerca de 20 milhões de euros. O prazo máximo para conceição, construção e entrega do bem móvel é de 900 dias , pretendendo-se capacitar a Região de uma plataforma tecnológica de acesso ao mar profundo do Atlântico Nordeste central, e em especial da Zona Económica Exclusiva do Arquipélago, refere uma nota de imprensa do Executivo açoriano.
O navio prevê uma lotação mínima de 20 pessoas para navegação global, excluindo as zonas com gelo, dez tripulantes técnicos e dez tripulantes científicos. Adicionalmente o navio terá lotação para um mínimo de 30 pessoas embarcadas em viagens diárias.
Entre outros equipamentos, o navio será equipado com um de equipamento acústico electrónico que maximizará o potencial de investigação da plataforma até uma profundidade de no mínimo cinco mil metros.
Com 45,95 metros de comprimento e 10,5 metros de boca, o navio terá uma autonomia de 15 dias, dispondo de propulsão diesel eléctrica. Incluirá camarotes correspondentes à sua lotação máxima, sala de aulas, laboratórios (seco e húmido) e centro de dados.
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