A Secretaria Regional de Mar e Pescas da Madeira, através das suas duas direcções regionais, a do Mar (DRMar) e a das Pescas (DRP), está a desenvolver uma campanha junto dos pescadores e armadores para a marcação e recolha de covos perdidos no mar.
O objectivo é limpar o mar desta e de outras artes de pescas que, por razões diversas, são deixadas à deriva, colocando em perigo algumas espécies, refere uma nota de imprensa do Executivo madeirense.
Nesse sentido esta segunda-feira, 6 de Junho, a directora regional do Mar, Mafalda Freitas, promoveu uma acção de sensibilização e esclarecimentos que contou com a presença dos inspectores das pescas, pescadores, armadores, o presidente da Coopesca, Jacinto Silva, e técnicos da DRMar e DRP.
Esta acção da Secretaria Regional de Mar e Pescas, através da Direcção Regional do Mar, assinala o Dia Mundial dos Oceanos que se celebra esta quarta-feira. Integrado ainda neste evento, haverá uma iniciativa conjunta com a Secretaria Regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas de recolha de materiais de artes de pesca, na área do Caniçal, com a presença dos secretários Teófilo Cunha e Susana Prada.
Os covos passam agora a ser marcados com um selo plástico onde constam o número de matrícula da embarcação e o nome do armador a que pertencem, processo que irá permitir diferenciar os covos legais dos ilegais e, ao mesmo tempo, com os dados inseridos no selo, poder ser recuperado e devolvido aos legítimos proprietários, evitando-se assim o seu abandono no mar.
Legislação não se adapta à Madeira
A pesca por covo é uma arte com alguma tradição na Madeira, a sua utilização está interdita nas áreas marinhas protegidas e é sujeita a legislação nacional e europeia. Na sessão de esclarecimentos desta segunda-feira um dos pescadores desta arte de pesca referiu que a legislação nacional existente “não poderá ser aplicada na Madeira” e apontou como razão principal as diferenças de profundidade do mar na costa madeirense e na costa continental.
A recolha dos covos perdidos será feita por técnicos da Direcção Regional do Mar, mas qualquer pescador ou armador pode e deve participar nas operações, trazer os aparelhos para terra e deixá-los à guarda daquela Direcção para que depois, através do selo de identificação, sejam devolvidos para reutilização.
Os aparelhos que não estejam identificados serão integrados no projecto OceanLit, também desenvolvido pela DRMar e DRP, e que tem como objectivo a recolha de artes de pesca em fins de vida, materiais que serão posteriormente enviados para o continente por ainda não existir na Região nenhuma empresa certificada para o efeito.
Agricultura e Mar