A Companhia das Lezírias (CL), empresa do Grupo Parpública, fechou o exercício de 2016 com um resultado líquido de 2,111 milhões de euros, um crescimento de 59% face ao ano anterior. A empresa teve mesmo o seu melhor ano de resultados operacionais, tendo atingido os 2,708 milhões de euros, mais 63% face a 2015, ano que já se havia alcançado o seu valor máximo.
Para este resultado contribuiu um significativo crescimento das vendas que se deveu a um bom desempenho da área florestal, dos produtos pecuários e da produção de milho e arroz, diz fonte institucional da empresa em comunicado.
A mesma fonte salienta que o crescimento de vendas foi “conseguido com um total controlo dos custos de exploração que praticamente se mantiveram inalterados, apresentando uma ligeira redução de 0,8% face a 2015”.
Para o presidente do Conselho de Administração da Companhia, António Pimentel Saraiva “os resultados da CL superaram largamente as previsões do exercício e são reveladores do trabalho desenvolvido no sentido de se criar uma base sólida e sustentável que assegura o seu crescimento continuado”. Aquele responsável acrescenta que o “rigor e a disciplina na negociação dos preços de venda das produções contribuíram para um terço do crescimento das vendas, devido ao efeito de variação positiva verificado”.
O resultado da gestão dos recursos florestais assim como as “melhorias significativas nos resultados das áreas pecuária e agrícola, que registaram novos máximos, foram e têm sido as razões do desempenho cada vez mais positivo”, diz António Pimentel Saraiva.
CL recebeu mais de 13 mil visitantes
Durante o ano passado, a Companhia das Lezírias, levando a cabo a “missão de divulgação do seu papel e actividades”, voltou a receber mais de 13 mil visitantes e foi local de realização de mais de 30 estágios e mais de 30 trabalhos de natureza científica, que permitem conhecer melhor os recursos naturais geridos pela CL e os efeitos da sua gestão.
No que respeita à gestão da Coudelaria de Alter, a Unidade Clínica que se encontrava encerrada há muitos anos, foi activada com o forte envolvimento da Universidade de Évora e do Município de Alter. “É um marco no processo de transformação em curso, que vem permitir que jovens médicos veterinários daquela Universidade adquiram experiência e desenvolvam investigação na área da equinicultura disponibilizando, em simultâneo, serviços veterinários às coudelarias do Alto Alentejo”, refere o mesmo comunicado da CL.
A Companhia das Lezírias é a maior exploração agro-florestal do País, com uma área aproximada de 18.000 hectares, constituída por capitais 100% públicos. Com terrenos situados na Lezíria de Vila Franca de Xira (6.300 ha) e na charneca do Infantado (11.700 ha), detém uma importante área florestal da qual se destaca a maior mancha contínua de sobreiros de um só proprietário (6.730 ha). Tem como outras áreas de actividade, a produção de arroz, a criação e engorda de bovinos de carne, a produção de vinho e azeite, a produção de milho e outras culturas anuais, a criação de cavalos Puro-Sangue Lusitano.
Por sua vez, a Coudelaria de Alter, situada a escassos quilómetros da vila de Alter do Chão, é um dos berços do cavalo Puro-Sangue Lusitano, através da criação da linhagem Alter Real. É ali que são criados os cavalos montados em exclusivo pela Escola Portuguesa de Arte Equestre. Dedica-se também à criação de cavalos Puro-Sangue Lusitano e Árabe e da raça autóctone Sorraia, de ferro Coudelaria Nacional.
Agricultura e Mar Actual
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