O secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou hoje, 22 de Janeiro, que a promoção do queijo de São Jorge, em particular, e dos produtos lácteos açorianos, em geral, tem vindo a ser feita em múltiplas dimensões, no país e no estrangeiro, contribuindo para a notabilização dos produtos e a abertura de novos mercados, que vão muito para além de uma campanha de marketing em contínuo.
“Quem trabalha com os mercados sabe muito bem que a notoriedade, a conquista de novos mercados e a valorização de uma marca não se consegue com campanhas de marketing em contínuo. As campanhas são importantes, mas primeiro é preciso estudar os mercados alvo, a eventual aceitação do produto, escolher os meios, o público alvo, garantir o financiamento e só depois vem a campanha”, referiu João Ponte.
O governante falava à margem de uma reunião com a direcção da União de Cooperativas Agrícolas de Lacticínios de São Jorge (Uniqueijo), no primeiro dia da visita estatutária do Governo à ilha de São Jorge.
Apoio a campanha de marketing da Uniqueijo
João Ponte frisou que foi esta a estratégia seguida pela Uniqueijo quando lançou uma campanha de marketing a nível nacional, que foi apoiada pelo Governo dos Açores.
Não menos importante é também o trabalho de parceria entre o Governo dos Açores e a Uniqueijo para a abertura de novos mercados, que sejam capazes de valorizar mais o queijo de São Jorge, bem como o trabalho desenvolvido pela SDEA, com a presença em múltiplos certames e no âmbito da Marca Açores.
Para João Ponte, o papel da Confraria do Queijo de São Jorge e a presença anual dos Açores no concurso nacional de queijos são outros bons exemplos das diferentes dimensões da promoção que tem sido feita do queijo de São Jorge.
Promoção do queijo dos Açores
O secretário Regional destacou também a campanha de promoção do queijo dos Açores que será promovida pelo Centro Açoriano de Leite e Lacticínios (CALL) no Canadá, durante três anos, conjugada com o novo acordo CETA, que será “uma grande oportunidade para os queijos dos Açores reforçarem a sua presença no mercado do Canadá”.
“A campanha de marketing, por si só, não resolve nada. É preciso que as indústrias se preparem e trabalhem os mercados nas suas múltiplas oportunidades”, considerou o governante, alegando que é, deste modo, que se aumenta o rendimento, “através da valorização do queijo, que é fundamental para a sustentabilidade da agricultura e sector leiteiro na Região”.
João Ponte destacou também o projecto da Uniqueijo, aprovado no âmbito do PRORURAL+, que visa a valorização do leite de São Jorge, através da introdução de ajustamentos inovadores com implantação de linha de fabrico, cura/armazenamento e embalamento do queijo produzido.
“Os objectivos são o reforço da capacidade de armazenamento/cura e acabamento de queijo São Jorge e Ilha, a redução do impacto ambiental e a adequação à norma FSS22000, acompanhado de adequação da produção embalada em porções de menor peso e aposta em queijo DOP com maior tempo de cura, além do alargamento dos respectivos mercados”, disse João Ponte, acrescentando que o investimento aprovado foi de cerca de 916 mil euros.
Agricultura e Mar Actual