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INIAV e CotArroz apresentam resultados do Programa de Melhoramento Genético do Arroz na campanha de 2023

O INIAV — Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e o CotArroz — Centro Operativo e Tecnológico do Arroz acabam de apresentar os resultados do Programa de Melhoramento Genético do Arroz na campanha agrícola de 2023.

O Programa de Melhoramento Genético do Arroz, desenvolvido pelo INIAV e o CotArroz, tem como objectivo desenvolver novas variedades de arroz portuguesas que sejam mais resistentes a doenças e aos constrangimentos ambientais e que atinjam produtividades competitivas e boa qualidade do grão, o que beneficiará directamente os agricultores portugueses e os consumidores.

“O programa desempenha um papel crucial no aumento da sustentabilidade e da produtividade da cultura do arroz em Portugal, tornando-se uma iniciativa valiosa para o sector agrícola toda a fileira orizícola nacional”, refere a direcção do CotArroz.

Tejo 2023

Na campanha agrícola de 2023, o ensaio preparatório Tejo 2023 avaliou 53 genótipos, além de 8 variedades comerciais que serviram como testemunhas. Após a avaliação, 21 genótipos foram seleccionados para os ensaios de avaliação agronómica e de qualidade em 2024, sendo: 5 tipo Carolino; 5 tipo Médio; 11 tipo Agulha.

A linha mais produtiva foi um carolino. 3 genótipos produziram acima de Opale: 1 Carolino e 2 agulha. 26 genótipos produziram acima da média do ensaio (7 ton).

Por outro lado, as duas entidades realçam que “o processo de melhoramento genético do arroz é longo, dinâmico e dispendioso, sendo necessários cerca de 12 anos para a obtenção de uma nova variedade. O seu sucesso depende directamente da variabilidade da população original e da capacidade do melhorador para aumentar, combinar e seleccionar essa variabilidade”.

E acrescentam que “o melhoramento genético de arroz, em Portugal, torna possível disponibilizar aos agricultores nacionais novas variedades ajustadas às condições agroeconómicas do sistema de produção de arroz em Portugal”. Esta actividade, na cultura do arroz, em Portugal, que decorria desde os anos 50 e era desenvolvida pelo INIAV foi interrompida no final dos anos 80 e esteve suspensa durante mais de 20 anos. “Consequentemente deixou de haver variedades portuguesas modernas de arroz e as que existiam foram ultrapassadas por variedades estrangeiras”.

A investigação em melhoramento genético foi reiniciada em 2003 com o Programa Nacional de Melhoramento Genético do Arroz, pelo INIAV e o ITQB Nova – Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier, ao quais se juntaram, em 2006, o CotArroz e a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAP Centro).

Pode consultar os resultados do Programa de Melhoramento Genético do Arroz na campanha agrícola de 2023 aqui.

Mais sobre Melhoramento Genético do Arroz aqui.

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