Os técnicos do Instituto Nacional de Estatística (INE) dizem que, globalmente, as previsões de diminuição de produtividade nas regiões vitivinícolas do Minho, Tejo e Lisboa são compensadas pelos aumentos nas restantes, pelo que se deverá manter uma produtividade semelhante à obtida na vindima anterior (36 hectolitros por hectare). Nota para a elevada qualidade geral das uvas entregues nas adegas, sãs e com acidez e grau equilibrados.
Segundo o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Setembro de 2021, nas vinhas para vinho, apesar de algum atraso na maturação nalgumas regiões, nomeadamente em Entre Douro e Minho e em certas zonas do Centro, a vindima iniciou-se nas castas brancas na segunda quinzena de Agosto, sendo que no final do mês já se vindimavam tintos, principalmente nas regiões vitivinícolas do Tejo e do Alentejo.
E acrescenta que a dispersão e extensão territorial desta cultura, bem como a sensibilidade das diferentes castas aos factores bióticos e abióticos, incrementam substancialmente a heterogeneidade intra e inter-regional do seu desenvolvimento. No entanto, e de uma forma geral, esta campanha foi condicionada pela forte precipitação na Primavera, que promoveu o aumento da pressão das doenças criptogâmicas (com a necessidade de intensificar os tratamentos), o rápido crescimento dos lançamentos (com o aumento da área potencialmente não protegida pelo fitofármacos, principalmente de superfície) e a ocorrência de situações de desavinho e bagoinha (em especial na região vitivinícola do Minho).
Na uva de mesa, os técnicos do INE estimam um aumento de 10% na produção, para as 19 mil toneladas, em linha com a produção média dos últimos cinco anos.
Agricultura e Mar Actual