Os efectivos animais em regime extensivo estão com uma suplementação alimentar muito superior ao normal, dizem os técnicos do Instituto Nacional de Estatística (INE), no seu Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Setembro de 2022.
“Com a maioria das pastagens completamente seca e sem qualquer valor nutricional, os efectivos animais produzidos em regimes extensivos estão a ser alimentados com fenos e silagens, continuando a reduzir o nível de aprovisionamento destes alimentos (nesta campanha com produção inferior ao habitual) e causando maiores constrangimentos nas explorações agropecuárias”, dizem os técnicos do INE.
“A conjugação da escassa precipitação com baixos teores de humidade do solo, na fase do pico de produção primaveril das pastagens e forragens, e ainda com a diminuição/ausência de adubações de cobertura (devido ao extraordinário aumento dos preços dos fertilizantes), afectou de forma determinante o desenvolvimento vegetativo destas culturas, originando uma diminuição entre 20% a 80% na biomassa destinada à alimentação dos efectivos pecuários”, pode ler-se no Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Setembro de 2022.
E adiantam os técnicos do INE que, embora com abrangência territorial muito vasta, estas quebras de produção foram particularmente graves nos municípios do Norte Alentejano (distrito de Portalegre) e do interior do Baixo Alentejo (Castro Verde, Ourique, Mértola e Almodôvar).
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