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Guiné-Bissau quer diversificar economia. Conheça a ficha de mercado do país

A diversificação da economia, e consequente redução da dependência do país do sector do caju, constitui outro dos grandes objectivos da Guiné-Bissau. As autoridades pretendem conciliar este aspecto com as reformas institucionais (que contemplam a melhoria do abastecimento de água e energia eléctrica), bem como a promoção da actividade económica privada.

“No entanto, estes planos de diversificação irão, provavelmente ser condicionados pela fraca situação infra-estrutural do país”, dizem os analistas da Aicep – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal na sua “Ficha de Mercado da Guiné-Bissau”. O documento faz uma análise da economia do país, das relações económicas bilaterais e das condições de acesso ao mercado, apresentando também um conjunto de informações úteis para exportadores e investidores nacionais.

No que se refere às transacções comerciais, a Guiné-Bissau ocupou, em 2015, a 171ª posição do ranking de exportadores e a 191ª enquanto importador. Embora habitualmente largamente deficitária, em 2015 a balança comercial guineense registou um saldo de 30 milhões de dólares, resultante do aumento das exportações em cerca de 36%, enquanto as importações não foram além de um crescimento de 6,6%. Em 2015, o valor das exportações atingiu 259 milhões de USD. Para 2016, o EIU estima que estas tenham voltado a crescer na ordem de 7,5%.
Relativamente às importações, que ascenderam a 229 milhões de USD em 2015, as estimativas apontam para que se tenha verificado uma contracção de 2,9% em 2016.

A Índia constitui o principal cliente da Guiné-Bissau representando, em 2015, cerca de 72% das suas exportações. De salientar que, ao longo dos últimos anos, o peso do mercado indiano tem vindo a consolidar-se. Dos restantes clientes, destaca-se o Vietname, que ocupa o 2º lugar do ranking, com uma quota de 11,4%. Portugal tem representado quotas pouco expressivas nas exportações guineenses ocupando, em 2015, o 15º lugar com uma quota de 0,10%.

Relativamente aos principais fornecedores, destacam-se dois países – Portugal e Senegal – responsáveis por 51,5% das mercadorias importadas em 2015. Portugal tem ocupado uma posição relativamente estável enquanto fornecedor da Guiné-Bissau, oscilando entre o 1º e o 2º lugar.

Concentração no caju

As exportações da Guiné-Bissau estão concentradas, na sua maioria, na castanha de caju. Em 2015, este produto representou mais de 83% do total das vendas guineenses ao exterior (71,3% em 2014 e 65,3% em 2013). São ainda de assinalar as exportações de peixes (8,6% do total de 2015) e de madeira (6,3%).

A composição das importações é, naturalmente, mais diversificada, mas apresenta três grupos de produtos tradicionalmente dominantes: produtos petrolíferos (14,4% em 2015), produtos alimentares (7,9%) e plásticos (5,7%).

Pode consultar o documento aqui.

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