O Grupo ETE, acaba de viabilizar a maior exportação portuguesa de clínquer de sempre, para o seu cliente Cimpor, uma empresa InterCement, ao concluir o carregamento de 55.902 ton deste produto no navio graneleiro Vinayak, com destino ao Gana.
Esta operação que decorreu no tempo recorde de uma semana útil foi integralmente executada por via fluvial. Implicou a carga do clínquer em barcaças no terminal fluvial próprio da fabrica do Centro de Produção de Alhandra da Cimpor, as quais foram transportadas por rebocadores até ao navio fundeado ao largo no Porto de Lisboa e descarregadas directamente para este, por meio de gruas flutuantes.
Mais de 1 milhão de toneladas por ano
O Grupo ETE, o único em Portugal a realizar transporte fluvial de mercadorias e movimentações de carga e descarga ao largo, actividade que em 1950 foi pioneiro, carrega mais de 25 navios de clínquer por ano e supera a marca de 1 milhão de toneladas.
Nesta operação de carga do Vinayak, estiveram envolvidas 2 gruas flutuantes e 3 rebocadores que transportaram um total de 23 batelões/barcaças.
Operações sustentáveis e amigas do ambiente
As condições naturais do Porto de Lisboa – ao admitirem navios de grandes dimensões e calado como o Vinayak – e a sua localização no estuário do Tejo, um dos poucos rios nacionais aptos para o transporte fluvial de mercadorias (via rebocador e barcaça até ao porto), permitem que as industrias localizadas até Valada do Tejo possam optar por este modo de transporte complementar e sustentável, para a exportação/importação marítima de mercadorias, explica um comunicado do Grupo ETE.
No caso da Cimpor, todas as exportações de clínquer realizadas através do seu Centro de Produção de Alhandra saem de Portugal por via fluvial, decorrendo a carga dos navios ao largo no Porto de Lisboa, processo que entrega importantes ganhos ambientais.
A título de exemplo, apenas nesta operação de carga do navio Vinayak, evitaram-se 2.300 camiões na estrada, já que cada barcaça transporta o equivalente a 100 camiões, e consequentemente pouparam-se 53 719 kg de emissões de C02, quando comparado com o modo rodoviário.
Exportação de clínquer exige alta competitividade
Segundo Pedro Marques, administrador da Cimpor Trading e Inveersiones, “a exportação de clínquer, por ser uma commodity, apenas é viável se conseguirmos ser altamente competitivos, ter elevada flexibilidade e capacidade de resposta. O Grupo ETE, nosso parceiro estratégico, há mais de 40 anos, em operações de transporte fluvial e de carga e descarga ao largo no Porto de Lisboa, entrega-nos uma solução de transporte fluvial e de movimentação de carga ao largo que adiciona competitividade e eficiência ao processo”.
Já Luís Figueiredo, administrador e accionista do Grupo ETE, destaca que “são clientes importantes e desafiantes como a Cimpor que nos fazem desenvolver competências extra, para prestar serviços com valor acrescentado adicional”.
E acrescenta: “mas são sobretudo as condições únicas do Porto de Lisboa e do rio Tejo que permitem que qualquer indústria localizada nas suas margens possa beneficiar dos ganhos de eficiência e das vantagens competitivas e ambientais entregues pelo modo fluvial à exportação das suas mercadorias por via marítima”.
“Assim, é fundamental reforçar a aposta na navegação fluvial do rio Tejo, em articulação com o desenvolvimento do Porto de Lisboa, para que as vantagens geo-estratégicas ímpares deste sejam potenciadas e entreguem mais valor à economia Portuguesa”, conclui aquele responsável do Grupo ETE.
Agricultura e Mar Actual