O ministro do Ambiente e da Acção Climática, Matos Fernandes, afirmou que o Governo vai recuperar os dois diques que cederam no Rio Mondego, em Montemor-o-Velho, na sequência das chuvadas causadas pelas depressões Elsa e Fabien, que afectaram o continente entre os dias 18 e 21, e que espera que os trabalhos estejam concluídos no prazo de dois meses.
O ministro disse que, no domingo, foram feitos trabalhos para “reforçar os pontos mais frágeis”. Contudo, nos sítios onde ocorreram as rupturas não há “maneira de fazer chegar as máquinas”, pelo que se aguarda “que o terreno vá secando”.
Matos Fernandes que fez esta declaração à imprensa após a cerimónia que assinalou 70 milhões de passageiros do Metro do Porto, referiu que os diques suportaram uma pressão de água muito superior àquela para a qual tinham sido projectados.
Trabalho de manutenção
Acrescentou ainda que “a situação não foi mais grave pelo extraordinário trabalho de manutenção” realizado no local, que representou um investimento de “cinco a seis milhões de euros”, gasto “a limpar leitos periféricos e com a obra de desassoreamento do Mondego, frente à cidade de Coimbra”.
O ministro referiu que o Estado está articulado com a EDP, tendo sido “pedida e combinada” uma “redução muito grande” das descargas das barragens da Aguieira e de Fronhas para “permitir que a pressão em Montemor seja menor e que boa parte da água volte a entrar no leito do rio”, secando os terrenos.
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