A Guarda Nacional Republicana (GNR) garante que “irá manter e reforçar a vigilância” no incêndio da Serra da Estrela, onde já arderam mais de 24 mil hectares. Durante o último fim-de-semana, a Guarda registou mais dois detidos pelo crime de incêndio florestal.
Atendendo ao incêndio que deflagra na Serra da Estrela, a Guarda Nacional Republicana, “no âmbito das suas competências de sensibilização, fiscalização, vigilância e detecção, supressão e no pós-evento com a investigação das causas, tem empenhado vários meios de reforço nos locais mais críticos, de modo a salvaguardar, por um lado a segurança e a protecção das pessoas, a sua eventual evacuação, mas por outro a avaliação sumária das causas de incêndio”, refere a Guarda em comunicado.
Neste âmbito, a GNR “tem empenhado meios da Protecção da Natureza e do Ambiente, com equipas de protecção florestal (EPF), meios da Unidade de Emergência de Protecção e Socorro (UEPS), meios do dispositivo territorial, do trânsito, de intervenção, de investigação criminal, bem como binómios cinotécnicos”.
Mais dois detidos
Destaca o comunicado que, durante o último fim-de-semana, a Guarda Nacional Republicana registou mais dois detidos pelo crime de incêndio florestal, “destacando assim o seu papel na prevenção e na vigilância, contando até ao dia de hoje, 35.415 patrulhas de vigilância da GNR e 68 detidos por crime de incêndio florestal, em comparação com os 34 detidos no período homólogo de 2021”.
Refere ainda que, até ao dia 16 de Agosto de 2022, foram registados 4.382 crimes de incêndio florestal, tendo sido identificados 809 suspeitos, números largamente superiores ao período homólogo de 2021, em que foram registados 3.040 crimes de incêndio florestal e 599 suspeitos identificados por crime de incêndio florestal, “destacando-se aqui o papel proactivo da Guarda”.
Rede Nacional de Postos de Vigia
O sistema de vigilância da GNR está assente na Rede Nacional de Postos de Vigia, constituído por 230 Postos de Vigia, que permitem a detecção precoce e identificação precisa das ignições “garantindo um célere despacho de meios de supressão, e é complementado pelo sistema de videovigilância florestal, pelo sistema de vigilância móvel terreste (integrando várias Entidades) e por todos os cidadãos, que também se constituem como uma das principais fontes de informação e alerta de Incêndio Rural”, explica o mesmo comunicado.
A GNR dispõe ainda de um sistema de videovigilância com cerca de 120 câmaras que cobrem actualmente uma área estimada de 5.000.000 ha do território de Portugal continental, “garantindo um precioso auxílio na detecção de incêndios nascentes e no apoio à investigação do crime de incêndio florestal identificando possíveis autores”.
Para além disto, a rede integrada de vigilância e detecção pressupõe ainda o sistema de vigilância aérea, garantido através das Forças Armadas. Fruto do enquadramento legal, compete à GNR, enquanto entidade coordenadora das acções de vigilância, definir as rotas de voo e o horário das aeronaves da Força Aérea Portuguesa (FAP), sendo que, do planeamento promovido, está estipulado o emprego diário de três Unmanned Aircraft Systems (UAS Classe 1 – Aeronaves Não Tripuladas) da Força Aérea Portuguesa (FAP), a operar a partir das bases de Lousã, Mirandela e Beja, com 548 horas de voo realizadas, e o emprego de meios tripulados com 65 horas de voo realizadas.
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