O Ministério do Ambiente e da Acção Climática informa que foram assinados os protocolos que formalizam o apoio do Fundo Ambiental à Rede Nacional de Arrojamentos, para o período de 2023/2024, no valor de um milhão de euros. Esta verba será distribuída pelas redes regionais do Norte, de Lisboa e Vale do Tejo, do Alentejo e do Algarve.
O arrojamento ocorre quando um animal marinho encalha na costa, sem conseguir regressar pelos seus meios ao seu habitat, explica um comunicado do Ministério, adiantando que, de modo a facilitar a operacionalização da Rede Nacional de Arrojamentos, maximizar a rapidez das respostas e a qualidade da informação recolhida, o ICNF — Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas dividiu a zona costeira do continente em quatro regiões (Norte, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve) e delegou em parceiros a sua coordenação.
O Fundo Ambiental apoia a Rede Nacional de Arrojamentos desde 2020. “Graças ao esforço da Rede, foram documentados mais de um milhar de arrojamentos, procedeu-se à recolha de mais de 13 mil amostras biológicas (que permitem caracterizar as espécies mais comuns na costa portuguesa) e ao resgaste de inúmeros animais marinhos vivos. Entre 2020 e 2024, o apoio do Fundo Ambiental a esta rede monta a 1,9 milhões de euros”, acrescenta o mesmo comunicado.
A primeira rede de arrojamentos foi estabelecida em 1979, resultado de uma parceria entre o Museu do Mar (Cascais) e o Aquário Vasco da Gama (Lisboa), e, em 1987, a autoridade nacional para a conservação da natureza e biodiversidade, actual ICNF, assumiu a sua coordenação, tendo, então, alargado o seu âmbito a todo o território nacional.
Entre 2022 e 2023, o Fundo Ambiental atribuiu também um apoio de 405 mil euros para a produção de trabalho científico no âmbito da monitorização de cetáceos. Graças a este montante foi possível financiar o projecto Coordinated Cetacean Assessment, Monitoring and Management Strategy in the Bay of Biscay and Iberian Coast sub- region, a participação de Portugal na quarta campanha da iniciativa Small Cetaceans in European Atlantic waters and the North Sea e o projecto de monitorização da população de boto, o mamífero marinho mais ameaçado na costa portuguesa.
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