As baixas temperaturas e a escassa precipitação conduziram a um abrandamento no desenvolvimento vegetativo dos prados, pastagens e culturas forrageiras, revelam as previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 31 de Janeiro.
A persistência da situação de seca ao longo do Outono/Inverno conduziu a uma disponibilização de matéria verde no pico de produção outonal das pastagens inferior ao normal, obrigando a uma antecipação do consumo de alimentos conservados e concentrados.
Explorações esgotaram reservas de palhas e fenos
Por outro lado, dizem os técnicos do INE, também atrasou a instalação das forragens. A grande maioria das explorações agropecuárias já esgotou as reservas de palhas e fenos, prevendo-se que tenham de continuar a recorrer a alimentos adquiridos.
Continente sem seca extrema
De acordo com o índice meteorológico de seca PDSI, no final do mês de Janeiro nenhuma região do Continente estava em seca extrema (em Dezembro, o interior do Baixo Alentejo e o Sotavento Algarvio apresentavam zonas com esta classe de seca).
No entanto, 56% do território continental ainda se encontra em seca severa, em especial a sul do Tejo e nas regiões do interior Norte e Centro.
Acrescenta o INE que este cenário meteorológico permitiu a realização normal dos trabalhos agrícolas da época (apanha da azeitona, poda de pomares, olivais e vinhas e adubações de searas de inverno e culturas permanentes).
Agricultura e Mar Actual