O Governo dos Açores está a promover, no âmbito da Rede Valorizar e em parceria com as comunidades piscatórias, formação destinada a pescadores, que, ainda este ano, vai já abranger mais de meia centena de profissionais do sector.
O primeiro dos cursos de Aquisição Básica de Competências (Cursos ABC) destinado a comunidades piscatórias decorre em São Mateus da Calheta, na ilha Terceira, envolvendo 23 formandos com idades entre os 20 e os 40 anos.
Esta medida, prevista no Programa de Governo e implementada através da Vice-Presidência e da Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, vai ainda este ano ser estendida à comunidade piscatória de Rabo de Peixe, em São Miguel.
A directora Regional do Emprego e Qualificação Profissional, Paula Andrade, e o director Regional das Pescas, Luís Rodrigues, que hoje, 26 de Setembro, estiveram presentes numa aula do curso que está a decorrer nas instalações da Junta de Freguesia de São Mateus da Calheta, destacaram a importância desta formação para os profissionais do sector.
“Os Cursos ABC são uma das medidas da Agenda Açoriana para a Criação de Emprego e Competitividade Empresarial, consistindo num programa de formação que visa dotar os adultos que, por várias razões do seu percurso de vida, não tiveram oportunidade de concluir níveis de escolaridades” e adquirir mais conhecimentos necessários ao desempenho da sua profissão, afirmou Paula Andrade.
Obter o 9.º ano
A directora Regional adiantou que esta formação vai garantir que os pescadores possam, por esta via, obter o 9.º ano de escolaridade.
Por sua vez, o director Regional das Pescas defendeu que “a escolarização é fundamental para o rejuvenescimento dos profissionais da pesca, contribuindo para uma geração de pescadores preparada para enfrentar os desafios do sector”.
Luís Rodrigues sublinhou que este curso pretende “contribuir para a mudança de paradigma do sector da pesca, combatendo a ideia de que ‘para se ser pescador não é preciso estudar’”.
“A formação é fundamental para os profissionais do sector saberem optimizar, por exemplo, os custos da actividade e criar rendimento alternativo, tirando proveito das novas oportunidades da ‘economia do mar’”, frisou aquele responsável.
Agricultura e Mar Actual
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