“Stop ao acordo do Mercosul”, diz a lista da Alternativa Democrática Nacional (ADN), encabeçada por Joana Amaral Dias, às eleições europeias de 9 de Junho. “Rejeitamos acordos de comércio (livre) como o Mercosul [Mercado Comum do Sul], que incluem produtos agrícolas que também podem ser produzidos na Europa; o mesmo se aplica à especulação alimentar e fundiária; os princípios básicos da vida, como o solo e a água, não são mercadorias, mas bens públicos”.
Refere o programa eleitoral da ADN às europeias de 9 de Junho que “rejeitamos acordos comerciais que dificultem a integração regional e a criação de valor local. O que pretendemos: relações comerciais estáveis e justas; garantir energia barata e protectora da natureza; uma reforma da política comercial da UE [União Europeia], que assegure que os acordos comerciais não conduzem a uma concorrência barata para os fabricantes europeus causada por baixos padrões sociais e ambientais; a abolição dos direitos corporativos de acção judicial, que permitem às grandes empresas processar os Estados em tribunais de arbitragem privados quando acham que os seus lucros estão em risco; relações entre a UE e a América Latina em pé de igualdade”.
“A estabilidade de preços, tanto para os agricultores como para os consumidores, deve ser alcançada, por um lado, através da limitação do poder de mercado das empresas agrícolas e alimentares e, por outro lado, através de tarifas protectoras sobre as importações de produtos agrícolas”, acrescenta o documento.
Por outro lado, adianta que “a política agrícola da UE deve ser mais orientada a nível nacional e regional. A agricultura serve principalmente para garantir a segurança alimentar no próprio país. Defendemos ciclos económicos regionais com rotas de entrega curtas. Não apenas os agricultores, mas todos os que trabalham nesta área devem poder ganhar a vida com o seu trabalho”.
Pode ler o programa eleitoral da ADN aqui.
Agricultura e Mar