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Eurodeputado do PSD/Açores defende renovação geracional na agricultura

O eurodeputado do Partido Social Democrata dos Açores (PSD/Açores), Paulo do Nascimento Cabral, membro efectivo da Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu, ouviu as prioridades estratégicas do sector agrícola, bem como apresentou alguns pontos em que já está a trabalhar no Parlamento Europeu, numa reunião com a direcção da Federação Agrícola dos Açores e da Associação Agrícola de São Miguel.

Paulo do Nascimento Cabral defendeu junto de Jorge Rita, presidente da Federação Agrícola dos Açores e vice-presidente da CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal, “a aposta na transparência em todas as fases da cadeia de abastecimento agroalimentar, o reforço do POSEI, e a importância da renovação geracional”, avança uma nota de imprensa do gabinete do eurodeputado.

“Uma distribuição equitativa dos rendimentos entre todos os agentes da cadeia de abastecimento agroalimentar é basilar para que possamos garantir, desde já, a sustentabilidade económica e social do nosso sector agrícola, e a nossa segurança e soberania alimentares. É inconcebível que os nossos agricultores sejam constantemente os mais penalizados. Por outro lado, os nossos consumidores necessitam de estar devidamente informados a fim de poderem adoptar decisões ainda mais conscientes. Todos os actores devem ser, portanto, justamente remunerados e os esforços convenientemente partilhados”, esclareceu o eurodeputado do PSD, natural dos Açores.

Em relação ao Programa de Opções Específicas para fazer face ao Afastamento e à Insularidade (POSEI), o eurodeputado deu nota de que “tudo farei para corrigir a injustiça da não aplicação ao POSEI da actualização anual de 2%, à semelhança do que acontece com todos os outros programas da Política Agrícola Comum, bem como na melhoria do seu financiamento, libertando verbas públicas para outras áreas. Recordo que o envelope do POSEI não é actualizado há mais de década e meia”.

Paulo do Nascimento Cabral acrescentou ainda que “sem agricultores não há alimentos nem soberania alimentar”. Referindo-se à renovação geracional, o eurodeputado afirmou que “temos de garantir a entrada de novos agricultores, de jovens. Um sector agrícola atractivo traduz-se em áreas rurais dinâmicas, vitalizadas, aprazíveis, capazes de reter capital humano e potenciadoras do desenvolvimento infra-estrutural, que beneficiam, não apenas os agricultores e as suas famílias, mas sim, dum modo transversal, todo o tecido económico e social. Contudo, o sucesso destas medidas só se conseguirá com mais financiamento comunitário e com uma maior coordenação entre fundos”.

Segundo o eurodeputado, “é notório que o Governo dos Açores, mas também o nacional, voltam a valorizar o sector agrícola, reforçando o seu compromisso com um dos sectores estratégicos para o desenvolvimento da Região e do país. Com o actual Governo dos Açores, liderado por José Manuel Bolieiro, os agricultores conseguiram, por exemplo, melhorar os seus rendimentos com o fim dos rateios no POSEI, com a criação duma medida estrutural de apoio à redução voluntária da produção, ou através dos apoios para a mitigação dos custos acrescidos resultantes da crise pandémica e do actual conflito militar”.

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