O estudo Sardinha 2020, apresentado durante o Comité de Acompanhamento do Programa Operacional Mar 2020, que se realizou em Janeiro, em Lisboa, pretende responder às questões que subsistem relativamente à dinâmica da população da sardinha e à sua biologia face às pressões da pesca, às mudanças climáticas e a outros factores ambientais ou biológicos.
O estudo é coordenado por um grupo multidisciplinar do IPMA — Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Diz fonte institucional do Programa Mar 2020 que os pareceres científicos apontam para que os “stocks estão num nível não sustentável, chegando ao ponto de propor a suspensão da pesca da espécie”. Mas, alguns armadores e pescadores têm uma opinião contrária e argumentam que não há necessidade de impor restrições à pesca porque há muita sardinha.
Estudo inovador
É para responder a algumas destas problemáticas que o grupo interdisciplinar formado no seio do IPMA vai realizar este estudo que tem um carácter inovador ao nível das metodologias, das acções e da análise de resultados.
O resultado expectável deste estudo, que receberá uma contribuição do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP) e pública de 1,5 milhões de euros, vai permitir perceber qual a influência do ambiente na produtividade, a taxa de mortalidade nas várias fases de desenvolvimento da espécie, analisar o seu crescimento e reprodução, distribuição espacial da sardinha, a actividade da pesca e avaliação dos stocks, explica a mesma fonte.
Plano de gestão para a pesca do cerco
O Sardinha 2020 pretende, finalmente, desenvolver um plano de gestão para a pesca do cerco para a melhoria da avaliação e recomendações para a gestão das principais espécies capturadas por esta arte de pesca.
Este plano de gestão, dizem os responsáveis pelo Mar 2020, permitirá, também, considerar de forma integrada, as interacções biológicas entre as espécies pelágicas capturadas pela pescaria, interacções sócio-económicas bem como as condicionantes tecnológicas da pescaria.
Agricultura e Mar Actual