O Trioza erytreae, o insecto vector da doença de Citrus Greening, está a deixar os produtores de citrinos da California alarmados. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) está a encontrar formas alternativas às actuais para preservar as variedades de citrinos da sua colecção da Califórnia. Além do cultivo em estufa à prova de insectos, está a recorrer à ultra-congelação das plantas devido aos riscos de perda dessas variedades que decorre da presença da doença Huanglongbing, conhecida como Citrus Greening, que começa a aparecer na California e que já causou enormes prejuízos na Florida.
Para conservar a diversidade genética, o USDA mantém pelo menos duas cópias de cada planta naquelas estufas. No entanto, ao contrário do que acontece com o banco de sementes de Svalbard, na Noruega, os norte-americanos estão a preservar clones de variedades comerciais de citrinos.
Assim, para preservar os frutos originais, sem alterações, aquele departamento governamental, criou um processo de ultra-congelação das plantas e está a recorrer à crioconservação, um processo que se iniciou na década de 1980, mas que acabou por apenas ser desenvolvido para algumas culturas como as da mação e do alho.
344 variedades congeladas
Gayle Volk, fisiologista vegetal do USDA, baseado no Colorado, desenvolveu um processo de congelação de estacas de citrinos que permite que aqueles sejam replantados posteriormente. A técnica desenvolvida por aquela cientista passa por cortar pedaços minúsculos de uma planta viva, aos quais se juntam substâncias químicas que substituem a água nas células, que são depois submersos em nitrogénio líquido. Durante os últimos nove meses, este método protegeu 344 importantes variedades comerciais de citrinos.
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