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Espingardaria Central comemora 120 anos com criação do Núcleo Histórico da Família Montez

A Espingardaria Central comemora 120 anos de existência e 100 anos de propriedade da família Montez, prosseguindo “a sua missão marcada pela ética comercial, actualização constante, atendimento personalizado e rigor técnico, no mesmo espaço da Baixa de Lisboa, integrando a rede de Lojas com História”.

No âmbito das comemorações, os proprietários criaram o Núcleo Histórico da Família Montez, em Alcanede, Santarém, uma “iniciativa cultural de natureza privada com inauguração no próximo mês de Abril, ainda sem modelo de visitação pública estabelecido, reunindo o espólio deixado por António Duarte Montez e por seu filho Mário Montez, no âmbito das suas actividades profissionais e desportivas”, refere uma nota de imprensa da Espingardaria Central.

Ainda neste contexto, será lançado um livro intitulado “A. Montez, Um Percurso Secular”, da autoria de Luís Duarte Melo, uma monografia sobre a invulgar personalidade de António Duarte Montez e da sua famosa loja da Baixa de Lisboa, contextualizando as actividades desportivas, de caça e comerciais e contribuindo com novas abordagens para a história do século XX.

Refira-se que Luís Duarte Melo nasceu em 1963 em Alcanede. Licenciado em Engenharia Agrícola, Pós-Licenciado em Economia Europeia e Master in Business Administration, tem dedicado a sua vida profissional à gestão de empresas. Desde o ano 2000 que investiga a história da região de Alcanede, sendo co-autor da Nova Monografia de Alcanede.

Lojas com História

A Espingardaria Central nasceu numa década que iria mudar o rumo governativo da nação, apenas uns anos antes da transição da monarquia para a república. De facto, ali foram compradas as armas usadas no atentado contra o Rei D. Carlos, incluindo a Winchester que lhe custou a vida, refere o site Lojas com História.

Quem as vendeu foi um jovem funcionário, em inocência do fim a que se destinavam. Esse jovem funcionário, uma vez ilibado de qualquer cumplicidade, viria um dia a tornar-se dono desta loja, emprestando-lhe o nome completo, mas também um reputado atleta olímpico, adianta o Lojas com História.

E relembra que António Montez esteve presente em Paris, nas Olimpíadas de 1924, classificando-se em 30º na prova de pistola de velocidade a 25 metros. Quatro anos depois, voltou a marcar presença em Amsterdão. Também podia ter ido às Olimpíadas de 1920, em Antuérpia, mas faltou porque estava ocupado com um assunto importante. Justamente, com o trespasse da loja.

Foi nesse momento que se tornou proprietário, e desde então não saiu mais da sua família. Tendo o seu filho de sangue continuado o negócio, foi também “pai” simbólico de muitos atletas portugueses, nomeadamente de António Gentil Martins, que chegou às Olimpíadas de Roma, em 1960. Chamava-lhe “o pai Montez”, tanto como hoje a proprietária, Conceição Montez, deixa escapar um carinhoso “avô Montez” quando se refere a ele, entre histórias que são tantas e tão épicas, que parece improvável caberem todas na biografia da mesma pessoa.

O projecto Lojas com História é uma iniciativa Câmara Municipal de Lisboa que realça que “a cidade de Lisboa tem como uma das suas prioridades trabalhar com o comércio tradicional e histórico da cidade no sentido de, por um lado, preservar e salvaguardar os estabelecimentos e o seu património material, histórico e cultural, e por outro lado, dinamizar e reactivar a actividade comercial, essencial para a sua existência”.

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