AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
A comunidade autonómica espanhola da Extremadura acaba de declarar oficialmente a existência de um surto de Xylella fastidiosa em Valencia de Alcántara, a poucos quilómetros da fronteira com Portugal, perto de Marvão, no Alto Alentejo. E avança com um plano de combate à bactéria. A praga não foi identificada em oliveiras.
Segundo uma resolução da Direcção Geral de Agricultura e Pecuária, na execução do programa de vigilância da praga por parte do Serviço de Sanidade Vegetal da Junta da Extremadura, foram recolhidas várias amostras de plantas na zona de risco de Valencia de Alcántara-Marvão com resultado positivo à presença da bactéria Xylella fastidiosa.
O Serviço de Sanidade Vegetal da Junta de Extremadura detectou numa zona de monte de Valencia de Alcántara (Cáceres) a presença de Xylella fastidiosa, em duas estevas (Cistus sp), uma giesta-nedal (Cytisus villosus), uma giesta-negra (Cytisus scoparius) e uma giesta (Lavandula sp), embora não tenham sido confirmadas infecções da subespécie em oliveira.
Assim, a comunidade autonómica da Extremadura avança com um programa de erradicação assente em três áreas: medidas de erradicação, vigilância e medidas para evitar a propagação. As medidas de erradicação baseiam-se na eliminação e destruição de plantas infectadas e de vegetais localizados nas suas proximidades (50 m de diâmetro), e no controlo dos vectores através da aplicação de medidas de controlo sobre os mesmos (tratamentos fitossanitários).
Adianta a resolução da Direcção Geral de Agricultura e Pecuária da Junta da Extremadura que após as detecções em Portugal de Xylella fastidiosa em zonas muito próximas do território da Extremadura, foram adoptadas diversas medidas de vigilância fitossanitária em certas zonas da província de Cáceres que fazem fronteira com Portugal.
Foram assim estabelecidas duas “zonas de risco” nas zonas da Extremadura mais próximas das zonas demarcadas de Portugal.
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