O ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação espanhol, Luis Planas, comunicou ao seu homólogo esloveno Jože Podgoršek, cujo país detém a presidência da União Europeia (UE) este semestre, o desacordo de Espanha com algumas das propostas da Comissão Europeia sobre possibilidades de pesca e medidas de gestão para o ano 2022.
Jože Podgoršek presidirá ao Conselho de Ministros da Agricultura e Pescas, que deve decidir sobre o Total Permitido de Capturas (TAC) e as quotas para 2022 nos próximos dias 12 e 13 em Bruxelas.
Segundo uma nota de imprensa do governo espanhol, a comunicação foi feita durante uma videoconferência, onde Luis Planas destacou a “necessidade de se considerar medidas alternativas, como a selectividade das artes de pesca”.
E realça que estas medidas “foram já testadas por institutos científicos espanhóis, cujos resultados foram apresentados à Comissão Europeia, e indicam que com a sua aplicação é possível atingir os objectivos do Plano de Gestão plurianual para as populações demersais do Ocidente. Mediterrâneo”.
Por isso, Luis Planas indicou ao seu homólogo que Espanha “não pode aceitar a aplicação de uma redução adicional de dias de esforço para as frotas de arrasto, um novo regime para palangres e a aplicação de TACs para camarões de profundidade, que teriam. um impacto muito negativo e impediam a viabilidade da frota de arrasto do Mediterrâneo dentro dos limites da sustentabilidade socioeconómica estabelecida pela Política Comum das Pescas”.
Além disso, o ministro espanhol indicou que é “necessário dar tempo para conhecer os resultados das medidas que já estão a ser aplicadas, antes de realizar cortes tão drásticos”. Em relação aos stocks do Atlântico, Planas expressou preocupação com a proposta de novos cortes para a pescada. Espanha não concorda com a abordagem de precaução aplicada pela Comissão, tendo em conta os dados históricos disponíveis para esta unidade populacional.
Agricultura e Mar Actual