A DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária informa que na sequência da confirmação de um foco de Doença Hemorrágica Epizoótica em bovinos em Villanueva del Fresno, Badajoz, foi-nos comunicado pela Autoridade Competente de Espanha que parte do território nacional ficará abrangido pelas medidas de restrição de movimentação entre Estados-membros da União Europeia”.
Assim, é reforçada a vigilância veterinárias em vários concelhos portugueses dos distritos de Castelo Branco, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora, Beja e Faro.
A Doença Hemorrágica Epizoótica (DHE) é uma doença de etiologia viral que afecta os ruminantes, em especial os bovinos e os cervídeos selvagens, com transmissão vectorial, classificada como D e E (certificação na movimentação animal entre Estados-membros e notificação obrigatória) pela Lei da Saúde Animal – LSA (Regulamento (UE) 2016/429, de 9 de Março e Regulamento de Execução (UE) 2018/1882 de Dezembro), e incluída na lista de doenças de declaração obrigatória da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Os sinais clínicos desta doença são os seguintes:
• Febre e falta de apetite;
• Estomatite ulcerativa – lesões na mucosa da boca, produção excessiva de saliva e dificuldade em engolir;
• Coxeira devido à inflamação das coroas dos cascos;
• Úbere avermelhado;
• Pode provocar a morte do animal mas é mais frequente a sua recuperação em 2 semanas.
Raio de 150 km em torno do foco
Adianta a DGAV que de acordo com o estabelecido no Regulamento Delegado (UE) 2020/688 da Comissão, de 17 de Dezembro de 2019, a área afectada é constituída por um raio de 150 km em torno do foco, sendo restringidos os movimentos para vida com destino a outros Estados-Membros, de animais provenientes de explorações localizadas nessa área.
As medidas de controlo a implementar serão adaptadas em função da avaliação das medidas de vigilância e baseiam-se na delimitação de zonas livres e zonas afectadas e na implementação de condicionantes à movimentação animal das espécies sensíveis.
Notificação à DGAV
A notificação de qualquer suspeita deve ser realizada “de forma imediata aos serviços da DGAV, para permitir uma rápida e eficaz implementação das medidas de controlo da doença no terreno pela DGAV. Deverão também ser reforçadas de medidas de higiene e desinsectização de instalações para controlo vectorial, bem como dos veículos de transporte”.
As medidas de controlo de doença aplicadas nas zonas afectadas são determinadas no Edital n.º 1 da Doença Hemorrágica Epizoótica, que pode ser consultado aqui.
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