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Da Azambuja a Évora. Nogam inaugura fábrica para processamento de seis mil toneladas de nozes por ano

A Nogam, empresa do grupo familiar Ortigão Costa, sediada na Azambuja, um grupo com mais de 60 anos de actividade no sector agroalimentar, inaugurou ontem, 18 de Junho, a sua nova fábrica de processamento de nozes, na Herdade das Atafonas, em Torre de Coelheiros, concelho de Évora, onde tem também uma vasta plantação de nogueiras. A empresa do grupo Sogepoc detém 615 hectares de nogueiral e 170 hectares de amendoal no Alentejo.

Esta unidade, a maior fábrica de processamento de nozes em toda a Europa, irá gerar cerca de 100 postos de trabalho (directos e indirectos) e terá capacidade para produzir anualmente 6 mil toneladas de nozes. Propõe-se substituir a importação feita ao mercado norte-americano nesta área, com diversas vantagens, nomeadamente a nível da qualidade e da produção sustentável, refere uma nota de imprensa da Câmara Municipal de Évora.

Após o descerrar de lápide, seguiu-se a visita às instalações, culminando o evento com uma cerimónia solene que contou com intervenções do director executivo da Nogam, do presidente da Câmara Municipal de Évora, do administrador da Nogam, da ministra da Agricultura e do Ministro da Economia.

O presidente do Município de Évora, Carlos Pinto de Sá congratulou-se por “mais este importante investimento no concelho num período tão difícil para a economia, realçando também o facto de um conjunto de sectores terem mantido as propostas de investimento e de retoma económica no concelho”.

Ministra da Agricultura: “sector cheio de vitalidade”

Para a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, “esta inauguração espelha o espírito de um sector cheio de vitalidade, decisivo na recuperação económica do país e que procura, incessantemente, mais e melhores respostas. E demonstra o carácter essencial da criação de valor ao longo de toda a fileira”.

“Porque as decisões que tomamos — produtores, gestores do território, empresários, cidadãos e decisores políticos — têm de ser baseadas em evidências e no conhecimento científico mais actual, aprovámos e estamos a implementar a Agenda de Inovação TerraFutura. A TerraFutura foi construída em diálogo com os stakeholders do sector agroalimentar e conta com 93 milhões de euros no PRR – Plano de Recuperação e Resiliência que, esta semana, recebeu formalmente luz verde”.

Ministro da Economia: empresas vão dispor de “recursos inéditos na história”

Já para o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, que também esteve presente na inauguração, as empresas vão dispor de “recursos inéditos na história” através do Plano de Recuperação e Resiliência e do próximo quadro financeiro plurianual.

Em Évora, na inauguração da unidade da Nogam, o ministro referiu que o Plano de Recuperação e Resiliência português “é, de entre todos os que já são conhecidos até ao momento, o que maior percentagem do orçamento dedica aos apoios directos às empresas”, sendo que o próximo quadro financeiro plurianual também “vai ter recursos para o apoio directo às empresas superiores aos dos anteriores quadros”.

Disse Siza Vieira que os apoios serão destinados ao “investimento produtivo orientado para os bens transaccionáveis e para sectores cada vez mais inovadores e complexos”, tendo em conta que “o País vai conhecer um momento de grande crescimento na próxima década”.

O ministro destacou ainda que o sector agroalimentar “foi um dos maiores contribuintes” para “a maior transformação estrutural da economia portuguesa dos últimos tempos”. “Foi o facto de termos crescido tanto nas nossas exportações e de termos passado a ter um saldo positivo na nossa balança comercial, algo que, neste momento, está consolidado”, disse.

A Nogam, empresa do grupo Sogepoc, detentora de 615 hectares de nogueiral e 170 hectares de amendoal no Alentejo, aderiu ao programa internacional da Syngenta para estímulo da Biodiversidade na agricultura.

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