A cultura da castanha, quase exclusivamente de sequeiro, foi bastante afectada pelas condições meteorológicas adversas ocorridas na campanha. Diz o INE que as temperaturas elevadas e, principalmente, a escassa precipitação que ocorreu no período mais crítico para esta cultura (entre meados de Junho e finais de Setembro), conduziram a uma produção de 29,9 mil toneladas o que corresponde a uma redução de 6,9%, face à campanha anterior, observando-se muitos casos em que os ouriços não abriram.
Pouca tecnologia no castanheiro
Refere o Instituto Nacional de Estatística (INE) que agora na edição de 2017 das “Estatísticas Agrícolas” que este nível de produção, tal como os observados ao longo dos últimos anos, reflecte ainda um conjunto de condicionalismos associados à cultura do castanheiro, do qual se destacam o baixo conteúdo tecnológico (com uma significativa ausência de fertilização, de rega e de controlo fitossanitário) e o surgimento de ameaças patológicas (tinta, cancro e vespa das galhas do castanheiro) para as quais ainda não existem respostas suficientemente satisfatórias.
De referir que uma quantidade significativa das castanhas colhidas apresentaram calibres inferiores, miolo desidratado e frequentemente bichado, e um fraco poder de conservação.
Agricultura e Mar Actual