Os níveis de inflação alcançaram em 2022 níveis recorde na zona euro. Contudo, a Crédito y Caución prevê que a inflação caia no curto prazo. De acordo com o estudo publicado pela seguradora de créditos, a taxa de aumento dos preços reduzir-se-á gradualmente durante a segunda metade de 2022.
Esta tendência de baixa irá acelerar em 2023, culminando com uma inflação ligeiramente superior a 2%. “A elevada inflação actual não está para ficar”, refere o relatório.
O argumento central desta previsão é a fraca probabilidade de repetição de uma nova perturbação significativa nos preços da energia. Embora a Rússia possa prolongar a turbulência nos mercados energéticos, as expectativas da seguradora apontam para uma estabilização gradual dos preços energéticos.
O mesmo acontece com os alimentos. A pressão sobre a oferta resultante dos problemas de produção e fornecimento na Ucrânia está a ser absorvida pelo aumento da produção em países como os Estados Unidos, Argentina e Brasil.
De acordo com o estudo divulgado pela seguradora, a reabertura dos sectores de serviços reduzirá a procura relativa de bens, que aumentou a pressão sobre a cadeia de fornecimento internacional, eliminando um dos factores geradores do aumento inicial dos preços em 2021.
Por outro lado, embora a globalização tenha abrandado com a pandemia e com as tensões geopolíticas, continuará a conter os preços ao incrementar a concorrência e o número de fornecedores. Além disso, outros factores que mantiveram os baixos níveis de inflação nas últimas décadas não desapareceram. A digitalização dá mais transparência aos preços, o envelhecimento da população reduz a procura agregada e as migrações e a baixa participação sindical geram contenção salarial.
Pode ler o relatório completo aqui.
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